Saúde

Começa nesta quinta-feira (4) a vacinação de gestantes contra o vírus que mais atinge bebês em Alagoas

Nova vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório será aplicada gratuitamente pelo SUS a partir da 28ª semana de gestação

Por Lucas França 04/12/2025 14h13 - Atualizado em 04/12/2025 18h07
Começa nesta quinta-feira (4) a vacinação de gestantes contra o vírus que mais atinge bebês em Alagoas
Estado recebeu 12.430 doses enviadas pelo Ministério da Saúde - Foto: Joyce Marques/Sesau

Começa nesta quinta-feira (4) a aplicação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) para gestantes em Alagoas, oferecendo uma nova camada de proteção no pré-natal. O vírus é responsável pela maior parte dos casos de bronquiolite e pneumonia em crianças de até 2 anos.

O Estado recebeu 12.430 doses enviadas pelo Ministério da Saúde, que agora fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação da Gestante. As 102 secretarias municipais de Saúde já podem retirar suas cotas na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), e cada município definirá o início da aplicação de acordo com sua organização interna.

O VSR provoca infecções respiratórias graves e quase todas as crianças entram em contato com o vírus até os 2 anos. O primeiro episódio costuma ser o mais severo, com maior risco de internação. A vacinação será aplicada em dose única a partir da 28ª semana de gestação, e a meta é imunizar pelo menos 80% das gestantes.

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destacou que a medida representa um avanço significativo para a saúde pública em Alagoas. “A chegada dessa vacina ajuda a reduzir casos graves e hospitalizações de recém-nascidos, salvando vidas”, afirmou.

Até novembro de 2025, o país registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo VSR, sendo 82,5% em crianças menores de 2 anos. Por se tratar de um vírus, não há tratamento específico para bronquiolite, reforçando a importância da prevenção.

O imunizante, que chega a custar até R$ 1,5 mil na rede privada, será oferecido gratuitamente pelo SUS graças a um acordo entre o Governo Federal, o Instituto Butantan e o laboratório fabricante, incluindo transferência de tecnologia para futura produção nacional.