Saúde

Protestos de trabalhadores do Hospital Veredas voltam a bloquear a Fernandes Lima

Atrasos salariais e falta do complemento do piso da enfermagem motivam segunda manifestação da categoria em menos de uma semana

Por Lucas França com Tribuna Hoje 19/11/2025 14h20
Protestos de trabalhadores do Hospital Veredas voltam a bloquear a Fernandes Lima
Funcionários do Veredas voltam a protestar em Maceió - Foto: Lucas França

Pela segunda semana consecutiva, funcionários do Hospital Veredas voltaram às ruas para protestar contra os constantes atrasos salariais. Na manhã desta quarta-feira (19), os profissionais fecharam meia pista da Avenida Fernandes Lima, no sentido Centro–Tabuleiro, provocando lentidão no trânsito e reforçando as reivindicações apresentadas na manifestação realizada na última segunda-feira (17).

Os trabalhadores denunciam um passivo que se arrasta há meses, incluindo salários pendentes dos meses de abril, maio, agosto, setembro e outubro de 2024, além do não pagamento do complemento do piso nacional da enfermagem referente ao período de julho a novembro do mesmo ano. Parte do 13º salário também segue em aberto.

De acordo com o presidente do Sateal, Mário Jorge, o protesto é resultado de um “acúmulo de dificuldades” enfrentadas pelos profissionais. Ele afirma que a situação compromete não apenas os trabalhadores, mas também o atendimento prestado à população. Representantes internos do hospital relatam que os débitos seriam consequência de desequilíbrios administrativos antigos, que estariam sendo enfrentados pela atual gestão como parte de um processo de reorganização financeira.

A repercussão dos protestos levou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) a se manifestar. A pasta informou que os repasses estaduais ao Hospital Veredas estão sendo feitos regularmente e que cabe à administração da unidade a responsabilidade pela quitação dos salários. Segundo o órgão, o Governo do Estado acompanha o caso e cobra o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado no início do ano — acordo que, na avaliação dos sindicatos, não vem sendo executado integralmente.

A Sesau ressaltou ainda que permanece aberta ao diálogo para garantir que os pagamentos sejam normalizados e que os serviços à população não sejam prejudicados.

Com a nova manifestação desta quarta-feira, os profissionais reforçam que seguirão mobilizados até que a situação financeira seja regularizada.