Saúde
Vírus HTLV: Enfermeira da Sesau esclarece como se prevenir, diagnosticar e tratar pelo SUS
A doença pode causar complicações graves como leucemia e paralisia dos membros inferiores
Pouco conhecido da população, o HTLV, Vírus Linfotrópico de Células T Humanas, foi o primeiro retrovírus humano oncogênico causador de doença infecciosa, descoberto na década de 1980. Por isso, é importante que a população saiba se prevenir, diagnosticar e acompanhar a infecção provocada por ele, conforme explica a enfermeira Hillary Santos, que atua no Programa Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Responsável por infectar principalmente as células do sistema imunológico, imortalizando-as e fazendo com que percam sua função de defender o organismo, o HTLV se enquadra no rol das ISTs. Diagnosticado de forma simples, por meio sorologia, ou seja, exame de sangue, a detecção é fundamental para evitar as complicações graves que ele pode ocasionar.
“O vírus HTLV é uma infecção sexualmente transmissível e pode causar principalmente doenças neurológicas, como a paralisia dos membros inferiores, e cânceres, como a leucemia/linfoma de células T do adulto (ATLL). Embora a maioria das pessoas infectadas seja assintomática, o HTLV já se manifesta com outras complicações”, explica Hillary Santos.
Transmissão
A enfermeira destacou que a transmissão do vírus HTLV pode ser por via sexual desprotegida e parenteral (compartilhamento de seringas e agulhas). Ele também pode ser transmitido pelo parto e na gestação, sendo o aleitamento materno a principal forma de transmissão vertical da infecção.
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“As principais formas de prevenção do HTLV são o uso de preservativos em todas as relações sexuais, tanto para prevenir a transmissão sexual do HTLV quanto outras ISTs. É importante não compartilhar seringas e agulhas, especialmente em ambientes como os de usuários de drogas injetáveis”, ensina Hillary Santos.
Outro cuidado essencial é atestar o diagnóstico de HTLV em gestantes para evitar a transmissão vertical do vírus, tanto durante a gestação quanto no momento do parto. Por isso, Hillary destaca a importância do pré-natal e chama a atenção para o cuidado durante a amamentação, porque é uma importante via de transmissão. Nestes casos, as mães são orientadas a não amamentarem em caso de diagnóstico positivo do vírus.
Tratamento
A enfermeira explica que o diagnóstico de HTLV é principalmente feito por meio de testes laboratoriais, tendo o seu tratamento assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O tratamento visa controlar as manifestações clínicas e melhorar a qualidade de vida do paciente, pois não há cura para a infecção", pontua.
O acompanhamento inclui processo terapêutico para as manifestações clínicas e acompanhamento contínuo para monitoramento das condições clínicas. Esse monitoramento ocorre por meio de consultas periódicas a especialistas como infectologistas, neurologistas e hematologistas”, reforça Hillary Santos.
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