Saúde
Mochila pesada pode comprometer a saúde de crianças e adolescentes

Na hora de levar os filhos à escola, a atenção de pais e responsáveis deve ir além do material escolar e do uniforme: o peso da mochila pode representar um risco silencioso à saúde da coluna de crianças e adolescentes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que estudantes carreguem mochilas que pesem, no máximo, 10% do peso corporal. Ou seja, para uma criança de 40 quilos, o peso da bolsa não deve ultrapassar quatro quilos.
Segundo o ortopedista da Unimed Maceió, Eduardo Lima Barbosa, carregar mochilas mais pesadas do que o recomendado pode causar alterações posturais e dores que, quando não tratadas, podem se tornar crônicas. “O mau uso da mochila pode trazer alterações posturais, tensão muscular e dor. O problema é que essa má postura pode acompanhar o estudante até a fase adulta, tornando-se um hábito, e, quanto mais velho, menos resiliente é o corpo para se recuperar”, explica.
O especialista ressalta que não é apenas o peso que importa: o ajuste correto também faz diferença. “As alças não podem ficar grandes a ponto de a mochila ultrapassar a cintura, pois isso faz com que o peso puxe a criança para trás. O tamanho da mochila segue a mesma lógica: não deve passar da altura da cintura quando ajustada. Também não é recomendado usar a mochila pendurada de um lado só, para evitar sobrecarga naquele lado do corpo”, orienta.
Em relação aos modelos, Dr. Eduardo aponta que, de modo geral, as mochilas de rodinhas são mais indicadas, desde que respeitem o ajuste da alça. “A alça deve estar na altura da cintura para que a criança não precise se inclinar e fique com o corpo alinhado ao puxar a mochila”, complementa.
Além de cuidados com o peso e ajustes, hábitos saudáveis fazem parte da prevenção. “O segredo é manter uma vida ativa: praticar de seis a oito horas semanais de exercícios físicos, além de incentivar brincadeiras ativas para crianças até 10 anos. Uma boa alimentação também é importante para manter o peso adequado e reduzir a sobrecarga sobre a coluna”, reforça o ortopedista.
O médico esclarece que, em regra, dores incapacitantes na coluna não são comuns na infância. “Se houver essa dor persistente, é fundamental procurar um médico para investigar causas mais graves, como escoliose, tumores ou infecções”, alerta.
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