Saúde

Enfermagem da rede privada segue longe de conquistar o piso salarial da categoria

Sindhospital rejeitou a proposta de R$ 2.100 a apresentada pelo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, João Leite

Por Assessoria 26/11/2024 16h38 - Atualizado em 26/11/2024 17h50
Enfermagem da rede privada segue longe de conquistar o piso salarial da categoria
Rodada de negociações no TRT/AL - Foto: Assessoria

Não teve acordo - em mais uma rodada de negociações entre os sindicatos da enfermagem e os representantes da rede privada de Alagoas, o sindicato dos hospitais apresentou uma proposta de R$ 1.800 para uma jornada de 180 horas mensais.

A Sindhospital rejeitou a proposta de R$ 2.100 a apresentada pelo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, João Leite, e acatada pelo Trabalhadores e pelo sindicato.

O Sindicato dos hospitais têm 10 dias úteis para juntar uma documentação que inclui contestação e outros documentos para anexar ao processo. Passado esse prazo, o Sateal tem 5 dias após a juntada da contestação para se pronunciar sobre a contestação e os documentos juntados pelo Sindhospital.

Também é possível que aconteça alguma negociação entre as partes, caso o Sindicato dos Hospitais apresente uma contraproposta próxima a que os trabalhadores propuseram. A proposta do Sateal previa o piso em R$ 2.300, sendo R$ 2.100 no fechamento do acordo e os 200 acrescidos a partir de janeiro de 2025.

E mais uma audiência, a técnica de enfermagem fez um relato dramático da sua situação como trabalhadora assalariada cuja renda só consegue alimentar a família. A profissional emocionou os presentes na audiência quando disse que não conseguia levar a filha de 5 anos para ver as luzes na praça do Centenário por não conseguir pagar a passagem de ônibus para visitar o local.

Ela destacou a necessidade do Judiciário alagoano contribuir na causa do trabalhador considerando, que o STF decidiu pela negociação por estado.

O desembargador João Leite Destacou que em todos os estados brasileiros, empresas e sindicatos entraram em negociação de Convenção coletiva. “Caso a Alagoas tenha que entrar por meio judicial, ele será o primeiro estado do país a levar o caso a julgamento”, disse o magistrado.