Saúde

Projeto do governo de Alagoas monitora cobertura vacinal nos municípios alagoanos

Após análise de mais de 2 mil cartões, Secria acompanha processo de atualização de todas as vacinas para crianças da primeira infância

Por Fabiana Barros / Ascom Secria 19/06/2023 23h43
Projeto do governo de Alagoas monitora cobertura vacinal nos municípios alagoanos
Público-alvo do projeto é formado pelas crianças menores de dois anos - Foto: Rodrigo Marinho / Ascom Secria

Com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal das crianças com idades de até dois anos, a Secretaria da Primeira Infância criou o projeto Vacina+. A Iniciativa visa fazer um censo nos municípios que não atingiram a meta de vacinação. De fevereiro a maio de 2023, foram analisados 2.112 cartões de vacina e detectados 996 em atraso.

O Vacina+ foca na prevenção de doenças, como: paralisia infantil, difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, influenza, sarampo, caxumba, rubéola, pneumonias e bronquiolites (pólio, penta, tríplice viral e pneumocócica) tendo como público-alvo crianças menores de dois anos com cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde.

A parceria envolve os municípios, por meio dos agentes de saúde, que recolhem o cartão de vacina das crianças. A equipe do Programa Nacional de Imunização (PNI), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), analisa os documentos e indica se há atraso. Com o Vacina+, o Cria contribui para diminuição e/ou erradicação de doenças imunopreveníveis.

A secretária da Primeira Infância, Paula Dantas, lembrou que a cobertura da vacinação contra a poliomielite caiu de 98,3%, em 2015, para 70,2%, em 2021. A cobertura da primeira dose (D1) da vacina tríplice viral – que protege contra sarampo, caxumba e rubéola – caiu de 96,1% para 74,4% no mesmo período. E a cobertura da vacina pentavalente – contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo B – passou de 96,3% para 70,6% (DataSUS, 2021 – consultado em novembro de 2022).

Para a maioria das vacinas, a cobertura vacinal deve alcançar 95% ou mais, para que todas as crianças fiquem protegidas. “Vacinar é um ato de responsabilidade. Enquanto médica, precisamos esclarecer a população sobre a importância da vacina, principalmente, quando falamos das nossas crianças”, afirmou Paula.

A taxa de resolutividade do município de Paripueira alcançou 85%. Já Messias (84%) e Cajueiro (55%) seguem com a ação. Já a resolutividade de Jundiá, São Miguel dos Campos, Belém e Joaquim Gomes será compartilhada até o dia 30 de junho.

Busca ativa

Em Cajueiro, a estratégia utilizada para imunizar as crianças com vacinas em atraso, foi a busca ativa. “Fizemos busca ativa nos domicílios. Cada unidade fez a sua busca e a experiência foi maravilhosa. Facilitou muito o nosso trabalho porque o Vacina+ vem com outro olhar e a estratégia utilizada foi muito boa”, explicou a coordenadora do PNI no município, Flávia Leite.

No local, foram detectadas 80 crianças com vacinas atrasadas. Para Flávia, foram vários os motivos que levaram a uma baixa cobertura vacinal. “Acredito que fatores diversos contribuíram. Há alguns relatos de mães rebeldes, outras que adoeceram, outras por negação mesmo”, comentou.