Saúde
Natal: entenda por que essa época mexe tanto com as pessoas
Presentes em volta da árvore, decoração especial com muitas luzes, a representação do presépio, a mesa farta e a família e os amigos reunidos para comemorar. Dezembro é uma época que torna presente muitos sentimentos em todos nós, pois, segundo o psicólogo e professor do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Saulo de Tarso, o Natal está tão enraizado culturalmente em nossa vida, que é quase impossível ficar indiferente.
"Se a gente teve um ano ruim, com perdas e dificuldades; ou também se tivemos um ano excelente, cheio de conquistas, dezembro costuma ser uma época de balanço, em que avaliamos o que passou e fazemos planos para o futuro. Os encerramentos de ciclo são importantes, e o Natal e Ano nono, em especial, trazem esperança e sugerem a chegada de boas novas", opina o professor universitário.
Outro aspecto que explica a forte ligação que a nossa cultura tem com o Natal é o fato de a data simbolizar a renovação e a vida nova, recordando sentimentos positivos de que tudo vai melhorar no ano que se inicia em breve. O ser humano, no âmbito psicológico, sente-se reconfortado com a ideia de um futuro promissor e próspero.
O psicólogo lembra também que o Natal pode ter significados diferentes a partir das concepções e vivências de cada um, além da fase da vida em que o indivíduo está. O Natal, com toda a magia do Papai Noel, tem um simbolismo para a criança, que não será o mesmo para quem está entrando na vida adulta e precisa preparar a ceia com as próprias mãos, por exemplo; ou ainda para o pai, mãe ou avós que estão inserindo a tradição natalina na família para um filho ou neto. O importante é que cada um reflita e assimile esse período, recriando novos significados.
HÁ QUEM NÃO GOSTE DO NATAL, E ESTÁ TUDO BEM!
Todo mundo deve se curvar às tradições natalinas? A resposta é: não! Assim como "o Grinch", personagem conhecido na literatura e no cinema, que odeia o Natal e faz de tudo para que ninguém celebre a data, há aquelas pessoas que passam bem longe das comemorações.
Para Saulo, isso pode ter origem em diversos traumas do passado, como a falta de um ente querido que movimentava essa época do ano e era responsável por reunir a família; por não ter recebido presentes enquanto criança, por conta das condições financeiras; ou ainda por conta de algum evento marcante, como o fim de um relacionamento ou a perda de um emprego que tenha acontecido em dezembro.
E como o espírito natalino envolve boas vibrações, quem não gosta do Natal não deve ser julgado, mas entendido. "É importante respeitarmos as diferenças e individualidades, para que todos se sintam acolhidos e possam se abrir para ressignificar o Natal e o que ele representa de forma individual", finaliza o docente.
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