Saúde
Psicólogo reforça importância do cuidado com a saúde mental das pessoas que convivem com HIV/Aids

Ministério da Saúde estima que exista cerca de 920 mil soropositivos no Brasil; campanha previne novas contaminações através de ações de conscientização
Receber o diagnóstico de infecção pelo HIV não é uma tarefa fácil e lidar com as emoções é parte fundamental do tratamento contra a doença, que é crônica e ainda não tem cura. A campanha Dezembro Vermelho, que começou nesta quinta-feira (1º), tem como objetivo desenvolver ações educativas e de conscientização para prevenir novas contaminações pelo vírus.
O psicólogo do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, Carol Costa, afirma que pessoas que convivem com HIV correm um risco maior de desenvolver problemas de saúde mental e, por isso, reforça a importância de estar atento à qualidade do estado emocional desses pacientes. Dados do Ministério da Saúde estimam que existam cerca de 920 mil soropositivos no país.
Mudança súbita de humor e receio de ser julgado
Sensação de culpa, revolta e insensatez, bem como mudanças bruscas de humor e receio de ser julgado. Esses são alguns dos sentimentos mais comuns que afligem pessoas que são diagnosticadas com HIV.
"A confirmação da infecção costuma ser um processo extremamente difícil e desgastante, mas cada pessoa vai lidar com a confirmação da doença à sua própria maneira", diz o psicólogo.
O profissional explica que muitas pessoas desenvolvem transtornos de depressão, bipolaridade, comportamentos autodestrutivos e ansiedade à medida que se ajustam ao diagnóstico e se adaptam a viver com uma doença infecciosa crônica.
"Os prejuízos podem ser sentidos tanto no trabalho quanto em casa ou nos relacionamentos afetivos. Caso esses sintomas sejam predominantes, é fundamental procurar ajuda de um psicólogo, não somente para tratar os sintomas, mas para recuperar a alegria e a vontade de viver".
Entendendo a importância do autocuidado
Além do processo terapêutico, o especialista do Grupo Hapvida Notredame Intermédica também chama atenção para a importância da busca pelo autocuidado por parte do próprio paciente, o que inclui a participação em grupos de apoio, seja presencialmente ou virtualmente, através das redes sociais, e a manutenção de um estilo de vida saudável, que vai além da prática de exercícios físicos e dieta equilibrada.
"Sonhos, projetos pessoais e hobbies, por exemplo, devem continuar sendo perseguidos normalmente. Também é importante administrar o estresse e entender que é totalmente possível ter qualidade de vida com HIV, afinal, há muitas pessoas soropositivas que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença", finaliza.
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