Saúde

Defensoria Pública cobra ao Município de Maceió informações sobre baixos índices vacinais

Órgão quer providências imediatas para reverter e frear a queda na cobertura vacinal na capital

Por Assessoria Defensoria Pública de Alagoas 23/09/2022 16h30 - Atualizado em 23/09/2022 19h17
Defensoria Pública cobra ao Município de Maceió informações sobre baixos índices vacinais
Vacinação de crianças - Foto: Ascom SMS

Com a finalidade de assegurar a saúde individual e coletiva dos cidadãos maceioenses e impedir o reaparecimento de doenças já controladas, a Defensoria Pública do Estado de Alagoas oficiou o Município de Maceió, nesta sexta-feira, 23, cobrando informações e providências imediatas para reverter e frear a queda na cobertura vacinal em Maceió.

No documento, assinado pelos defensores públicos do Núcleo de Proteção Coletiva, Daniel Alcoforado e Ricardo Melro, a Instituição requer ao poder público que apresente, no prazo de 10 dias, informações sobre como são realizadas as campanhas de vacinação, quais outros métodos adotados para garantir a ampliação da cobertura e como é realizado o controle da vacinação de crianças e adolescentes no município.

O ofício cobra ainda informações sobre a quantidade e aplicação dos recursos enviados pelo Ministério da Saúde ao Município para a vacinação e sobre a aplicação de recursos próprios em campanhas publicitárias com objetivo de estimular a adesão da população à vacinação na capital.

Conforme dados do Datasus, referentes ao período de 2013 a 2022, o Município de Maceió tem registrado acentuada redução da sua cobertura vacinal nos últimos anos, tendo assinalado seu pior nível neste ano, quando todas as vacinas do calendário atingiram pouco mais de 50% da cobertura vacinal.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) determina meta de 95% de cobertura vacinal para a maior parte das vacinas do calendário infantil, com exceção das vacinas BCG e VORH, ambas com meta de 90%. A título de comparação, neste ano, até o momento, o Município de Maceió alcançou somente 38% da cobertura vacinal da Tríplice Viral D2, cerca de 50% das metas para as vacinas contra a poliomielite, hepatite B e pentavalente.

“Neste momento inicial, estamos requisitando informações da secretaria de saúde a fim de avaliar as razões que possam explicar essa acentuada queda na cobertura vacinal no município de Maceió, bem como as medidas que estão sendo adotadas para mudar esse preocupante cenário. O programa de imunização sempre foi uma das intervenções de saúde de maior sucesso no Brasil e não é aceitável que os gestores não enfrentem essa redução da cobertura vacinal de uma forma proativa, comprometida e com prioridade absoluta. O esforço empreendido pelo Poder Público, até então, não tem sido suficiente e os resultados são insatisfatórios, o que gera aflição quanto à possibilidade do retorno de doenças já erradicadas”, pontuou.