Saúde
Burnout materno: Acúmulo de funções pode causar o esgotamento mental

Ter que dar conta de tudo é uma sensação que a maioria das mulheres passa, principalmente depois que se tornam mães. A responsabilidade e os afazeres aumentam com a chegada de um novo integrante na família, mas as tarefas do dia a dia, somadas à vida social e aos cuidados com os filhos podem acarretar a estafa emocional, o chamado burnout materno.
A psiquiatra e professora do curso de medicina da Faculdade Pitágoras, Maria Gabriela Aragão, explica que a síndrome é um distúrbio causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho que é exercido. “Podemos caracterizar este distúrbio como um cansaço e o estresse crônico de mães sobrecarregadas com as funções maternas, aliadas com a vida social e atividades rotineiras da casa”, diz.
Segundo a professora, os sintomas podem ser percebidos, tanto logo após o nascimento da criança, quanto nos primeiros anos de idade. “Mesmo após os primeiros meses de vida, a criança ainda requer uma atenção especial. Até os quatro anos de idade as mães ainda sentem um desgaste emocional grande em virtude das atividades maternas que precisa desempenhar”, relata a docente.
Muitas mães não sabem que estão passando pelo distúrbio, por acreditarem que esta seja uma situação comum. Lembra ainda que a diferença entre o cansaço habitual e o esgotamento está na intensidade e na quantidade de vezes que isso ocorre. “É importante perceber a frequência deste cansaço. É normal alguém ficar cansado, mas não o tempo todo. A ajuda profissional é imprescindível para tratar os sintomas”, completa.
Como identificar?
Os sintomas da síndrome de burnout materno podem ser físicos ou psicológicos, sendo que a mãe pode apresentar:
-- Sentimento constante de culpabilidade;
-- Cansaço mental e físico excessivos, mesmo após o descanso;
-- Falta de interesse ou prazer em cuidar do filho;
-- Insônia;
-- Dificuldade de concentração;
-- Perda de apetite;
-- Irritabilidade e agressividade;
-- Lapsos de memória;
-- Baixa autoestima e insegurança;
-- Desânimo e apatia;
-- Dores de cabeça e no corpo;
-- Negatividade constante;
-- Tristeza excessiva.
Cada caso é um caso e eles não podem ser tratados de formas generalizadas, mas o burnout requer que a pessoa faça terapia e acompanhamentos com um ou uma profissional da área da saúde de forma constante. “Em algumas situações há necessidade de uso de medicamentos, mas somente o profissional irá avaliar durante a consulta. O nosso corpo dá constantes sinais e precisamos respeitá-lo caso haja indicativo de alguma coisa errada, física ou psicologicamente”,
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