Saúde
Quebrangulo, no Agreste de Alagoas, é a cidade com a maior incidência de casos de zika vírus no país
No município, a taxa de incidência da doença é de 598,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes; só no primeiro trimestre desse ano foram 67 casos
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde (MS), o município de Quebrangulo, localizado na região Agreste de Alagoas e que possui 11.480 habitantes conforme levantamento do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), registra a maior incidência do Brasil em casos de infecção pelo Zika vírus este ano. Na cidade, a taxa de incidência da doença é de 598,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
O município, distante cerca de 122 km da capital, só no primeiro trimestre desse ano registrou 67 casos.
O levantamento do ministério aponta que em todo o estado foram registrados 87 casos de zika vírus. Com isso, a taxa de incidência é de 2,6 casos a cada 100 mil habitantes. A taxa deixa o estado na terceira colocação entre a região Nordeste e a quarta maior entre todas as Unidades da Federação (UF).
Este ano, em todo o território nacional são 1.480 casos prováveis de zika, o que corresponde a uma taxa de incidência de 0,7 casos a cada 100 mil habitantes.
A notícia boa, de acordo com o Ministério, é que até então nenhuma morte foi confirmada pela doença.
DOENÇA
O zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda. Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus zika não desenvolvem manifestações clínicas.
SINTOMAS
Os principais sintomas desenvolvidos com a infecção são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.
Segundo os especialistas, no geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. Mas, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Vale ressaltar que formas graves e atípicas são raras, mas casos graves podem provocar paralisia (síndrome de Guillain-Barré). Em gestantes, a doença pode causar defeitos congênitos subsequentes. Além disso, os casos graves, mesmo que raros quando ocorrem, podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.
Ainda não existe vacina ou medicamentos contra zika. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros.
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