Saúde
Nutricionista alerta sobre tipos de adoçantes e seus perigos
Para utilização de adoçantes em receitas, ela explica que é possível, mas faz alerta
Quando se fala em “emagrecer” a primeira coisa que as pessoas pensam é trocar açúcar por adoçante. Uma medida que poderia ser simples, mas que requer muitos cuidados, desde o tipo de adoçante escolhido, idade inicial para ser consumido e até mesmo a quantidade ingerida.
De acordo com a nutricionista do Hapvida Saúde, Islayne Nogueira, a troca de componentes “depende” de muitos fatores. “Primeiramente, é importante distinguir quais são os adoçantes existentes, para depois fazer a escolha certa. Para quem está fazendo uso do açúcar, às vezes não há necessidade dessa mudança; o ideal é reduzir o seu consumo aos poucos”, alerta.
Assim como o açúcar, o adoçante possui classificações. Eles são definidos por artificiais, que são ciclamato de sódio, sacarina sódica, acessulfame, sucralose e aspartame; e os naturais: estévia (glicosídeos de esteviol), xilitol, maltitol e sorbitol.
“Os adoçantes artificiais devem ser totalmente evitados, porque são constituídos por substâncias que “enganam” o cérebro gerando uma determinada compulsão alimentar, e também possuem um efeito tóxico e cumulativo ao organismo. Os naturais são os únicos recomendáveis, pois conferem sabor doce sem causar uma resposta glicêmica relevante”, adverte Islayne.
De acordo com a profissional, os adoçantes são empregados para o controle ou tratamento de algumas doenças, como diabetes, hipertensão e obesidade. Ela lembra que é preciso ter cuidado na escolha do adoçante que será utilizado em cada situação.
Questionada sobre a idade que as pessoas podem começar a fazer o consumo do adoçante, a profissional faz um alerta. “É importante lembrar que não é recomendado adoçar nenhum alimento ou oferecer algum alimento doce a crianças menores de 2 anos de idade. O ideal é trabalhar com isso durante a vida toda. Porém, se for necessário o uso de adoçante, mesmo nessa fase infantil, pode ser fornecido para crianças a partir de 2 anos de idade, e sempre o adoçante natural”, destaca.
Islayne explica, ainda, que existem algumas recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes, onde a quantidade recomendada é calculada através do peso do indivíduo. “Porém, o ideal é sempre utilizá-lo em pouca quantidade ao longo do dia”, diz.
Para a utilização de adoçantes em receitas, ela explica que é possível sim, mas faz um novo alerta. “Se houver necessidade pode utilizar adoçante em receitas no geral. Mas, o único adoçante recomendado para esse fim é o estévia, pois não haverá nenhuma alteração na sua composição pela mudança de temperatura”, ressalta a nutricionista.
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