Saúde
Morte de Chester Bennington alerta sobre sinais de depressão, diz psicóloga
Até 2020, depressão será a doença mais incapacitante do mundo, diz OMS
O vocalista do Linkin Park, Chester Bennington, foi encontrado morto, nesta quinta-feira (20), aos 41 anos, com sinais de suicídio. Segundo o site americano "TMZ", o cantor morreu por enforcamento em Los Angeles, na Califórnia. O corpo foi encontrado na manhã desta quinta-feira (20). "A pessoa que pensa em acabar com a própria vida, que planeja suicídio, pode estar enfrentando um longo período de depressão e alto nível de estresse e desespero”, explica a psicóloga e especialista em hipnose clínica, Miriam Farias.
Em entrevistas recentes, o cantor revelou que enfrentava uma batalha para superar o vício em álcool e drogas. “A bebida e as drogas agem como um escape para fugir da realidade vivida pela pessoa em depressão, mas que, após seu efeito passar, potencializa ainda mais o sofrimento”, conta Miriam. Chester Bennington revelou também ter sofrido abuso sexual dos 7 aos 13 anos. “Pessoas que sofrem abusos sexuais carregam um sofrimento para o resto da vida. É preciso um acompanhamento psicológico para superar a violência, o trauma e o medo”.
Os traumas decorrentes de situações de abusos, humilhações e até terror psicológico por parte dos agressores gera o Estresse Pós-Traumático (TEPT), que está acompanhado, muitas vezes, de outros sintomas, tais como depressão, pânico, entre outros transtornos de ansiedade.
O indivíduo submetido ao TEPT desenvolve um quadro de evitação em relação ao ocorrido. Isso se dá porque ele sente como se estivesse experimentando a situação traumática outra vez. Ocorrem flashes com a presença de pensamentos invasivos e lembranças persistentes, muitos sonhos e até pesadelos sobre o fato ocorrido, levando o paciente a reviver a experiência traumática. "O indivíduo, muitas vezes, acorda assustado. Na verdade, ele fica preso à experiência traumática como se tudo fosse acontecer novamente a qualquer momento. Isso tudo causa muito sofrimento físico, mental e principalmente emocional, podendo gerar sequelas para o resto da vida de uma pessoa que sofreu com relacionamentos abusivos e doentios", relata a especialista.
A psicóloga Miriam Farias, que é especialista em hipnose clínica, explica sobre transtornos mentais, como a depressão. “O estresse, momentos difíceis que a pessoa esteja passando, pode ser o estopim para alguma doença. Dependendo do nível das crises, ela pode ser tratada com terapias e mudanças de hábitos. A hipnose, por exemplo, é 80% mais eficaz que as terapias convencionais”, explica a especialista. Segundo a psicóloga, quando a pessoa está hipnotizada, ela não perde a capacidade de raciocinar. Ela consegue resolver problemas complexos, fazer improvisos e ainda manter uma capacidade crítica sobre o que lhe está sendo sugerido.
A psicóloga Miriam Farias diz que é tão importante cuidar das emoções quanto cuidar da saúde do corpo. “Estresse, ansiedade, depressão, fobias e pânico estão chegando a níveis alarmantes e podem causar sintomas físicos como dores no corpo e principalmente na cabeça, além de úlceras, cansaço excessivo, insônias, tristeza, desânimo entre outros fatores que influenciam na saúde física e mental”.
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