Roteiro cultural

“Raízes mortas ainda dançam sobre a terra” está em cartaz

Exposição foi construída a partir de esculturas, pinturas e madeira

Por Tribuna Independente 27/12/2023 08h21 - Atualizado em 27/12/2023 09h16
“Raízes mortas ainda dançam sobre a terra” está em cartaz
Lyara Cavalcanti, artista visual e organizadora da exposição “Raízes ainda dançam sobre a terra”, revela que mostra vai até 31 de janeiro - Foto: Edilson Omena

Construída a partir de esculturas, pinturas, performances e instalações, que são produzidas utilizando de elementos como madeira, argila, fibras naturais e pigmentos orgânicos, estreou no Complexo Cultural do Teatro Deodoro ontem a exposição ‘Raízes mortas ainda dançam sobre a terra’, dos artistas visuais Lyara Cavalcanti e Lucas Cardoso.

A arquiteta Lyara Cavalcanti explicou em conversa com o TH Entrevista que a mostra ficará em cartaz até 31 de janeiro, em colaboração com Lucas, e que ambos exploram o uso de materiais naturais em suas práticas artísticas e pretende mostrar a interseção entre arte, natureza e corporalidade. A exposição promete levar experiências sensoriais, que convidam os espectadores a refletir sobre sua própria relação com o seu entorno, a passagem do tempo e seus ciclos.

A parceria entre os artistas já era presente em outros trabalhos. “Durante a pandemia, dividimos o mesmo espaço de ateliê e de moradia, e de forma natural, passamos a fazer parte, indiretamente ou diretamente, dos processos criativos e discussões dos trabalhos um do outro. Este período foi o início das pesquisas sobre a maioria das obras que serão apresentadas durante esta mostra.”, contou.

RAÍZES

Segundo Lyara e Lucas, o tema da exposição vem da pesquisa de ambos sobre o corpo como matéria, relacionando-se com o entorno mais imediato, de dentro pra fora: a natureza. Além disso, as experiências pessoais também contribuíram para o afinamento da temática, incluindo a espiritualidade, sonhos, arquétipos, filosofias e pensamentos, que são utilizados e diluídos nos próprios trabalhos, como instrumentos de conexão.

“Esta exposição é um momento especial de troca entre nossos trabalhos, junto ao olhar e o contato do público. A ideia de uma mostra em conjunto se apresentou como a conclusão do que se viveu no passado, mas que ainda repercute no presente e futuro dos nossos trabalhos artísticos, também se tornando um convite para o público ativar suas percepções e sensibilidades em reverência ao universo íntimo, que poderá aflorar em cada visitante.”, finalizam.

Assista a entrevista completa no canal Tribuna Hoje no YouTube, abaixo: