Política
Alagoas vai implementar iniciativas discutidas na COP30
Judson Cabral, que está à frente da Semarh, destaca que foram firmados compromissos importantes para proteção ambiental
A ida de Judson Cabral, titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), à COP30, em Belém (PA), representou, nas palavras do próprio gestor, uma “oportunidade histórica” para inserir o Alagoas no centro das discussões globais sobre clima, meio ambiente e futuro sustentável.
“A COP é um espaço onde estados e municípios podem mostrar que não estão à margem do debate global”, afirmou Cabral. Para ele, a participação da delegação alagoana foi fundamental não apenas para trocar experiências, mas para buscar parcerias concretas. “Saímos de lá com a clareza de que o desafio climático precisa ser tratado como política de Estado, não como medida pontual”, disse Judson durante gravação do TH Entrevista. A entrevista completa está disponível no canal Portal Tribuna Hoje do YouTube e no www.tribunahoje.com .
Durante a conferência, Judson Cabral afirmou ter observado uma intensificação na mobilização internacional em torno de financiamento climático e apoio a medidas de adaptação — pontos que, segundo ele, podem beneficiar diretamente regiões vulneráveis como o Nordeste. “Existe hoje uma disposição maior para financiar ações de mitigação e adaptação quando os projetos são estruturados e transparentes. É exatamente nisso que estamos trabalhando”, explicou.
Para Alagoas, o foco passa a ser a transformação dessas intenções em iniciativas reais: desde a proteção de biomas nativos — como Mata Atlântica e áreas de Caatinga remanescente — até a gestão hídrica, recursos naturais, saneamento e políticas de transição energética alinhadas à realidade local. “As mudanças climáticas não são um conceito distante para Alagoas. Elas aparecem na erosão costeira, na pressão sobre as lagoas, na vulnerabilidade das comunidades rurais”, pontuou.
A participação na COP30 também reacendeu o debate sobre justiça climática e inclusão social. Cabral ressaltou que, num contexto de crise ambiental global, os impactos atingem com mais força quem já vive em situação de risco: “Quando falamos de clima, falamos de pessoas. Municípios pequenos, populações ribeirinhas, áreas de risco… esse é o público que mais sente os impactos e que mais precisa ser protegido”.
Entre os desdobramentos imediatos, Judson Cabral adiantou que Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos voltará ao diálogo com órgãos federais, entidades de financiamento internacional e sociedade civil para estruturar projetos que convoquem investimentos ambientais e adaptação climática no estado.
“Nosso compromisso agora é transformar o que foi debatido em ações concretas. A COP nos lembrou que não há tempo para adiamentos”, concluiu.
Com a COP30 encerrada, o desafio para Alagoas será mostrar que participação em conferências internacionais pode se refletir em melhoria de vida, proteção ambiental e resiliência para os cidadãos — muito além dos debates e acordos globais. E, nas palavras de Judson Cabral, isso exige “coragem política, planejamento e continuidade”.
O QUE FOI A COP30
A COP30 é a 30ª edição da Conferência das Partes da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), o principal fórum global de decisão sobre políticas climáticas. Em 2025, pela primeira vez, a conferência ocorre na Amazônia — na cidade de Belém (Pará) — de 10 a 21 de novembro. Reúne chefes de Estado, negociadores, cientistas, representantes da sociedade civil, povos tradicionais e o setor privado, com o objetivo de definir caminhos para conter o aumento da temperatura global, viabilizar a transição para energias limpas, garantir financiamento climático e proteger comunidades vulneráveis diante das mudanças climáticas.
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