Política

Crise política em Palmeira dos Índios: audiência de demarcação de terras na ALE esquenta debate na Câmara

Salomão Torres (MDB) fez um discurso duro, dando conta de que na Assembleia Legislativa, Lúcio Carlos teria adotado atitudes pequenas e mesquinhas

Por Redação 25/11/2025 14h59 - Atualizado em 25/11/2025 15h14
Crise política em Palmeira dos Índios: audiência de demarcação de terras na ALE esquenta debate na Câmara
Salomão Torres também ampliou as críticas ao acusar Lúcio Carlos de usar a discussão sobre a retirada da maternidade 100% SUS do novo hospital - Foto: Vídeo das redes sociais

O clima político em Palmeira dos Índios se agravou após uma audiência pública ocorrida em Maceió, ontem, segunda-feira, 24, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), sobre a polêmica demarcação de terras no município. O evento, que deveria ser informativo, gerou forte mal-estar e acusações diretas contra o vereador Lúcio Carlos (União), apontado como o principal responsável pela situação.

É que na sessão da Câmara de Vereadores ocorrida na manhã desta terça-feira, 24, lá em Palmeira, o vereador Salomão Torres (MDB) fez um discurso duro, dando conta de que na Assembleia Legislativa, Lúcio Carlos teria adotado "atitudes pequenas e mesquinhas" ao controlar a lista de participantes da audiência, impedindo que outros parlamentares se manifestassem.

Além de Salomão Torres, na Assembleia estavam os vereadores Helenildo Neto, Luiz Eduardo, e Clevinho de Minador do Negrão. Salomão deu ênfase na sua acusação desta terça, que todos foram excluídos da pauta "no intuito dele aparecer só" e buscar protagonismo.

O episódio aprofunda a crise interna no Legislativo de Palmeira dos Índios e coloca o vereador Lúcio Carlos no centro de um desgaste político crescente, com parlamentares afirmando que a condução do evento reforça um padrão de comportamento baseado em seletividade e busca de protagonismo.

No discurso de Salomão ele citou que o advogado Adeilson Bezerra, e presidente do Solidariedade em Alagoas que defende os proprietários de terras no STF, foi deixado de fora da mesa de autoridades. “A seleção de quem compôs a mesa reforçou a percepção de direcionamento político, atribuída a uma articulação entre Lúcio Carlos e o deputado Cabo Bebeto.

“O ex-prefeito Júlio Cezar não havia sido inicialmente mencionado para compor a mesa, causando incômodo em seus aliados. O ex-prefeito James Ribeiro foi convocado, criticou a prefeita Tia Júlia e foi aplaudido, intensificando rumores de que a audiência foi usada como vitrine política para determinados grupos, com o suposto aval de Lúcio Carlos."

E como se não bastasse o vereador Salomão Torres também ampliou as críticas ao acusar Lúcio Carlos de usar a discussão sobre a retirada da maternidade 100% SUS do novo hospital para criar um clima de confronto com o Legislativo. “O Lúcio tenta jogar a população contra a Câmara Municipal, "inflando um tema sensível para obter vantagem política, esse debate em Maceió foi deliberadamente distorcido, criando uma "narrativa para colocar o povo contra nós. Isso é irresponsável e perigoso.”