Política
PF cumpre mandado de busca e apreensão contra Silas Malafaia no Aeroporto do Galeão
Operação marca mais um desdobramento das ações conduzidas pelo Supremo envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) realizou, no início da noite desta quarta-feira (20), uma operação no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, para cumprir mandado de busca pessoal e de apreensão de aparelhos celulares contra o pastor Silas Malafaia. A ação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Petição nº 14129.
Malafaia, conhecido por seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, foi abordado por agentes federais ao desembarcar de um voo vindo de Lisboa. Segundo a PF, o pastor teve seu celular apreendido e está sendo ouvido nas dependências do aeroporto.
Além da apreensão, foram impostas medidas cautelares diversas da prisão, como a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados. Pela decisão de Moraes, os passaportes de Malafaia foram cancelados e ele deverá entregá-los em até 24 horas.
Na decisão, o ministro cita informações da Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo as quais Malafaia teria atuado como “orientador e auxiliar das ações de coação” promovidas por Bolsonaro e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A Polícia Federal identificou diálogos entre o pastor e o ex-presidente a partir do dia 9 de julho deste ano — data em que os Estados Unidos anunciaram a imposição de tarifas ao Brasil.
Segundo Moraes, as investigações apontam “fortes indícios de participação de Silas Malafaia na empreitada criminosa, de maneira dolosa e com unidade de desígnios” com Bolsonaro e Eduardo. A análise do material indica que o pastor vem atuando “de forma livre e consciente, em liame subjetivo com os demais investigados, na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas, bem como no direcionamento de ações coordenadas”.
Ainda conforme os argumentos registrados na decisão, essas ações teriam como objetivo coagir “os membros da cúpula do Poder Judiciário, de modo a impedir que eventuais ações jurisdicionais proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal possam contrapor os interesses ilícitos do grupo criminoso”.
A operação marca mais um desdobramento das ações conduzidas pelo STF envolvendo aliados do ex-presidente, em meio às apurações sobre possíveis articulações antidemocráticas.
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