Política

Em vídeo a Trump, Lula planta uva e diz semear comida e não ódio

Presidente diz que espera receber um dia a visita do norte-americano

Por Felipe Pontes / Agência Brasil 17/08/2025 16h25 - Atualizado em 17/08/2025 19h15
Em vídeo a Trump, Lula planta uva e diz semear comida e não ódio
Mensagem foi publicada na noite do sábado (16) - Foto: Reprodução / Instagram - @lulaoficial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou um vídeo em uma rede social no qual aparece plantando sementes de uva no Palácio da Alvorada e se dirige ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Isso aqui é um exemplo: estou plantando comida, e não plantando violência ou ódio”, disse o presidente brasileiro.

No post, Lula afirma que espera, um dia, receber a visita do presidente norte-americano no Alvorada, para que possam conversar sobre a realidade brasileira.

“Por isso, presidente Trump, eu queria aproveitar este sábado plantando uva vitória aqui no Palácio da Alvorada, um lugar que, espero, um dia, o senhor possa visitar, e a gente conversar para que conheça o Brasil verdadeiro”, declarou Lula no vídeo, filmado pela primeira-dama Janja da Silva, segundo crédito no próprio post.

A mensagem foi publicada na noite de sábado (16), no momento em que o Brasil é alvo de um tarifaço imposto por Trump: um aumento de 50% sobre a importação, pelos EUA, de diversos produtos brasileiros, incluindo café e frutas. A medida afeta especialmente os setores agrícola e alimentício.

No vídeo, Lula afirma ainda que “não adianta o presidente Trump taxar” a uva brasileira, pois “se for necessário, ela vai para a merenda escolar”.

O presidente também convidou Trump a “aprender a qualidade do povo brasileiro”, ressaltando que o país mantém boa relação com todas as nações, inclusive aquelas com histórico de conflitos entre si, como Estados Unidos, Rússia, China e Venezuela.

Desde que as tarifas norte-americanas entraram em vigor, o governo brasileiro tem buscado contato pelas vias diplomáticas e oficiais, mas não encontrou, no governo dos EUA, interlocutores com autonomia para negociar.

Alguns setores da economia e da política defendem que Lula ligue diretamente para Trump, mas representantes do governo brasileiro alegam não haver garantia suficiente de que uma eventual ligação seja recebida de forma adequada pelo presidente norte-americano.