Política
Deputado defende que PT-AL indique vice de Renan Filho (MDB)
Ronaldo Medeiros entende que é justo trabalhar esta perspectiva para eleições do próximo ano
Com o cenário eleitoral de 2026 começando a ser estruturado em Alagoas, cada grupo político entra na disputa pelo seu espaço. Um mês depois de ser eleito presidente do Partido dos Trabalhadores em Alagoas (PT), o deputado Ronaldo Medeiros já visualiza algumas possibilidades, a primeira delas seria a indicação de vice na chapa de Renan Filho (MDB) ao Governo do Estado.
“Eu disse em uma reunião interna nossa que é legítima essa reivindicação. É o partido de um presidente da República que contribuiu muito com o Brasil e vem ajudando muito Alagoas, que são universidades, são os institutos federais, Minha Casa, Minha Vida e é justo que o partido se coloque na mesa para indicar o vice-governador. Eu creio que essa reivindicação é muito justa”, disse Medeiros, em contato com a reportagem da Tribuna Independente.
A negociação sobre essa tratativa, no entanto, ainda não foi iniciada. “Estou esperando só a gente tomar posse, para a gente buscar os atores”, explicou o deputado. Ele reforçou ainda que antes do partido de Renan, o diálogo vai acontecer com os partidos da Federação Brasil da Esperança. “Não só o MDB, vamos buscar aí o PV e o PCdoB, eu creio que deve ser uma reivindicação da federação também, não só do PT”.
A posse na presidência do partido, segundo ele, ainda não foi marcada. “Estou buscando uma reunião com a direção que ainda está, para a gente marcar. Eu até entreguei um ofício, fiz um protocolo lá, pedindo isso para a gente agilizar, porque nós temos no próximo ano eleições parlamentares e também do executivo. Então nós temos que organizar, ter um raio-X do PT, não só em Maceió, mas também no interior do estado”.
A ideia do presidente eleito é preparar o partido para 2026 através dos aliados, mas só depois de empossado. “Saber dialogar com os vereadores que são do partido, dialogar com as lideranças, nós temos a federação, nós temos que dialogar com o PCdoB e o PV que atualmente compõem a direção e é bom que eu e a nova gestão já estejamos com a posse. Então não estou cobrando isso, mas o nosso desejo é esse. É procurar partido, procurar a federação, fazer uma reunião com o presidente do partido em Maceió e depois fazer regiões. Isso depende também da posse da nova gestão”.
Para toda a chapa do PT em Alagoas em 2026, Ronaldo prevê crescimento. Apesar de demonstrar cautela por ainda não ter sido empossado, ele planeja com otimismo. “A chapa de federal nós estamos dialogando internamente, existem alguns filiados, algumas pessoas que têm o desejo de disputar pelo partido para federal, bem como para estadual. Nós hoje temos um deputado estadual, mas eu creio que nós temos tudo pra fazer, junto com a federação, três deputados. É muito viável hoje essa afirmação nossa, nós temos quadros que entraram, e quadros que se saíram muito bem nessa última eleição de vereador. Não só na capital, mas também no interior. Agora o importante é a gente tomar posse para poder a gente falar com mais clareza em nome do partido”.
Já para o Senado, vaga que o deputado federal Paulão (PT) tem declarado interesse em disputar, ele acredita que a decisão passa por outras instâncias. “A candidatura do Senado, a gente tem que ouvir a direção nacional, porque o PT tem projeto nacional e nós temos que escutar, dialogar com a direção nacional”.
CARGOS NO
GOVERNO
Atualmente, o PT ocupa duas secretarias no Governo do Estado: Secretaria da Mulher e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). O comando dessas pastas havia sido indicação da corrente política de Paulão, Construindo um Novo Brasil (CNB), que até a última gestão era a mais forte no estado.
Ronaldo deve reivindicar uma redistribuição. “Houve uma eleição, e é legítimo que os grupos que saíram vencedores, postulem cargos. E também como o grupo que ainda está concluindo a gestão teve 30% da votação, eles também devem participar. Eu defendo que participe proporcionalmente ao tamanho”.
Segundo Medeiros, isso está sendo conversado internamente com as correntes. “Estamos discutindo, ouvindo todos os atores do partido. Você sabe que tem forças políticas, dentro do partido, nós abrimos um grande diálogo há mais de quinze dias e vamos aguardar na próxima semana para fechar essas indicações depois dialogar com o governo”.
O governador Paulo Dantas (MDB) já começou algumas movimentações. Em julho, semanas após a vitória de Ronaldo, trocou o comando da Secretaria da Mulher. Saiu Maria Silva (ligada a Paulão) e entrou Marília Albuquerque (filha do desembargador Tutmés Airan), ambas petistas. Mas sobre a interferência de Ronaldo e a nova gestão nesse campo, ainda não começaram as tratativas. “Isso depende muito também do governo. O governador está viajando, deve voltar na próxima semana, e voltando nós vamos dialogar sobre esse tema”.
Mas o deputado estadual reforça que vai cobrar prestação de contas de cada espaço que está ou venha a ser ocupado.
“Não só sobre esse tema, mas também não adianta indicar nome por nome. Nós temos que ter políticas públicas, secretarias e secretários têm que prestar conta, ao partido e à sociedade do que está fazendo. E a gente vai fazer muita questão disso. Fazer reuniões com o partido, vamos abrir a secretaria também para ouvir a sociedade organizada, se for do meio ambiente, ouvir essa parte da sociedade que trabalha com meio ambiente em recursos hídricos, ouvir a sociedade que trabalha com direitos humanos. Escutar e ver o que que a gente pode implementar de políticas públicas a partir dessas escutas”.
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