Ainda sem definições públicas sobre os caminhos que o prefeito JHC (PL) irá trilhar nas eleições e 2026, os passos de seu pai seguem trazendo pistas, ou confundindo, o eleitorado. Em convenção realizada na terça-feira (29), João Caldas foi eleito para a presidência nacional da Democracia Cristã (DC). O partido que atualmente não tem nenhum deputado federal nem senador eleito.

Desde outubro de 2024, especula-se a saída de JHC e sua base do PL de Bolsonaro, o que seria uma possível condição para que o presidente Lula (PT) indicasse a promotora Marluce Caldas (MP/AL) para a vaga de ministra do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Em silêncio, o prefeito de Maceió foi fazendo articulações de bastidores, se movimentou, mas nunca saiu do partido.

No dia 10 de julho deste ano, o presidente reuniu lideranças alagoanas em Brasília entre elas JHC, Arthur Lira (PP) e Renan Filho, e finalmente publicou a indicação de Marluce. Na ocasião, foi mencionado um suposto acordo entre as partes, incluindo a não participação de JHC nas eleições de 2026 como candidato, e a saída do PL. Ninguém confirmou nem negou, mas até agora ele segue no mesmo partido.

João Caldas, por outro lado, que vem trabalhando sua volta ao cenário eleitoral, ensaiou uma candidatura à prefeitura de Colônia de Leopoldina em 2024, mas não levou à frente. Sua esposa, Eudócia Caldas (PL), assumiu a cadeira de Rodrigo Cunha (Podemos) no Senado, após a saída dele para se tornar vice-prefeito de Maceió em 2024.

Uma das possibilidades ventiladas nos bastidores da política, seria a de que João pretende voltar para um novo mandato na Câmara dos Deputados, onde esteve por dois mandatos seguidos entre 1999 e 2007, e depois em alguns momentos como suplente. Até onde se sabe, os caminhos da família Caldas são traçados para o mesmo rumo. Até 2024, estavam todos no PL.

Agora, como presidente nacional de um partido conservador, que em 2022 chegou a lançar candidatura contra Lula. De acordo com a página oficial do partido, Caldas se comprometeu a conduzir a Democracia Cristã para uma era de grandes realizações, crescimento e pujança, perenizando, dessa forma, uma sigla mundial que hoje está presente em mais de 100 nações. Historicamente, a presidência do DC foi do ex-participante da assembleia constituinte de 1988, José Maria Eymael. Ele pediu afastamento recentemente alegando motivos pessoais.