Política

A importância vital do saneamento básico e de um plano municipal eficiente

Presidente do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, Dafne Orion, destaca que cada cidade alagoana deve implantar seu plano de Saneamento

Por Assessoria 19/05/2025 20h06
A importância vital do saneamento básico e de um plano municipal eficiente
Dafne Orion - Foto: Divulgação

A presidente do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, Dafne Orion, alerta para a necessidade dos governos municipais priorizarem o saneamento básico em suas cidades. Dafne destaca a importância da discussão com os municípios, visando a implantação de um Plano Municipal de Saneamento em cada cidade alagoana.

“Em um Estado onde milhares de pessoas ainda convivem com a ausência de serviços básicos de saneamento, a discussão sobre a importância de uma rede de esgotamento sanitário eficiente e de um Plano Municipal de Saneamento nunca foi tão necessária. Muito mais do que infraestrutura urbana, o saneamento básico está diretamente ligado à saúde pública, à qualidade de vida e ao desenvolvimento social e econômico das cidades”, afirma a presidente.

Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, a cada R$ 1 investido em saneamento básico, economiza-se R$ 4 em saúde pública. Isso porque a falta de coleta e tratamento adequado de esgoto é responsável pela proliferação de doenças como hepatite A, diarreia, leptospirose e dengue — que sobrecarregam os hospitais e afetam principalmente crianças e idosos.

Em muitas cidades alagoanas, parte do esgoto ainda é despejado diretamente em rios e córregos, contaminando o meio ambiente e colocando comunidades inteiras em risco. Um sistema de esgotamento sanitário eficiente é capaz de reduzir em até 80% a incidência de doenças relacionadas à água contaminada.

“Além de benefícios à saúde, o saneamento impacta o desenvolvimento urbano. Bairros com redes de esgoto e água tratada são mais valorizados, atraem investimentos e promovem dignidade à população. Empresas e comércios também consideram a infraestrutura básica antes de se estabelecerem em determinada localidade”, diz Dafne.

“Para organizar e planejar as ações de saneamento de forma responsável e a longo prazo, a elaboração de um Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) é fundamental. Esse documento define as diretrizes e metas para os próximos anos, prevendo a ampliação da rede de água, coleta e tratamento de esgoto, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana”, explica a presidente.

O plano permite identificar as áreas mais críticas, estimar os custos das obras e definir parcerias com os governos estadual e federal. “O governo Lula será um parceiro nesses projetos e, certamente, poderemos garantir a tão sonhada universalização desses serviços”, afirma Dafne

Enquanto o poder público tem a obrigação de garantir infraestrutura e manutenção dos sistemas, a população também desempenha papel essencial, evitando o descarte irregular de lixo e respeitando as regras de uso das redes de esgoto. “A construção de uma cidade saudável e sustentável passa, necessariamente, pela valorização do saneamento básico. E isso começa com planejamento, investimento e compromisso de todos os setores da sociedade”, conclui Dafne.