Política
Pré-campanha para a Prefeitura de Maceió está em ritmo lento
Pré-candidatos à gestão da capital, JHC, Rafael Brito, Lobão e Ricardo Barbosa apresentam críticas, mas de forma moderada
Em Maceió, a pré-campanha para a prefeitura está em ritmo lento. Enquanto o prefeito JHC (PL), pré-candidato à reeleição, aproveita as festas juninas para garantir uma programação milionária e lotada de artistas nacionais, a oposição tenta apostar numa munição virtual e multiplica as críticas aos problemas da gestão.
Na última semana, por exemplo, o grupo do prefeito comemorou uma nova pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná Pesquisas, em que JHC se mantém como favorito a vencer, ainda, no 1º turno. Nas últimas semanas, mesmo com alguma possibilidade de ruptura com o PP, do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, que gerasse uma candidatura de Davi Davino Filho, o atual prefeito seria reeleito com facilidade. Mas, este cenário ainda está sendo considerado como indefinido.
As entrevistas foram realizadas presencialmente entre 20 de 25 de junho, período que coincide com o início da programação do São João Massayó, o que pode ter influenciado a favor de JHC.
Sendo assim, uma mudança no cenário dependeria de algo mais substancial por parte da oposição. Até agora, a estratégia tem sido fazer o debate nas redes sociais, lançar vídeos requentando escândalos que a população já absorveu, como os R$ 8 milhões investidos na escola de samba do Rio de Janeiro.
A produção audiovisual é alta entre os pré-candidatos. O deputado federal Rafael Brito (MDB), lançou um vídeo se apresentando como pré-candidato e fazendo críticas gerais à gestão. Desde então, já fez alguns outros expondo o paralelo do orçamento de R$ 20 milhões para o São João com artistas de fora, enquanto há alagamentos, carência de creches e escolas e outros problemas sociais. “Um minuto da atração mais cara dessa gastança gigante daria pra pagar 120 consultas privadas de médicos ginecologistas”.
O também pré-candidato a prefeito e ex-deputado estadual, Lobão (Solidariedade), também está em ritmo de campanha de vídeo. Com uma produção mais artesanal, suas publicações dialogam com a periferia mostrando problemas em locais que são vistos como seu reduto eleitoral, como a Vila Brejal, o mercado da produção, e até cemitério. Na sua visão, “gigante é a incompetência do prefeito”.
Já Ricardo Barbosa, tem optado por peças publicitárias sobre o PT, associando sua imagem à do presidente Lula. Outdoors e vídeos bem-produzidos com inserções inclusive em TV aberta tem destacado a atuação do partido nas áreas sociais, apostando em uma associação do pré-candidato à popularidade do presidente da república, que são do mesmo partido.
ÂNIMO NA DISPUTA
Na avaliação da cientista política Luciana Santana, ainda não dá para ter noção de como será a campanha esse ano.
“O cenário ainda ele está muito instável. Acho que a partir de agosto, efetivamente, é que a gente vai ter um cenário talvez mais agitado e aí a gente pode verificar se a gente vai ter aí maior ou menor polarização. Eu acredito que depende muito de como que os apoiadores do Rafael Brito vão se colocar nesse cenário. E aí sim, pode ser que a gente tenha uma disputa mais animada, mas ainda acho que está muito estável, ainda está um pouco morno”.
Vale lembrar que até agora, nem JHC nem Rafael Brito, considerados os principais nomes da disputa, definiram oficialmente os vices de suas chapas.
Para Luciana, é tudo calculado. “É uma estratégia, até para tentar evitar que eles sejam colocados em alguma situação de desgaste. Então é isso que tem acontecido, tanto de um lado quanto de outro”.
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