Política

Vereadores terão seis meses de mandato em Porto Real do Colégio

Eleição suplementar realizada no último domingo mostra que PP e MDB dividem protagonismo na Câmara Municipal

Por Thayanne Magalhães - repórter / Tribuna Independente 11/06/2024 08h02 - Atualizado em 11/06/2024 11h26
Vereadores terão seis meses de mandato em Porto Real do Colégio
Tribunal Regional Eleitoral considerou tranquila a eleição suplementar realizada no domingo - Foto: Sandro Lima

Os eleitores de Porto Real do Colégio, no interior de Alagoas, foram às urnas para eleger novos vereadores em uma eleição suplementar no último domingo (9), conforme divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL). A eleição foi necessária após a cassação dos diplomas e mandatos de todos os vereadores eleitos em 2020, devido a fraudes na cota de gênero.

Foram eleitos Maria Aparecida dos Santos (PP), que recebeu 1.038 votos; Lucas Flavio Bomfim Evangelista (PP), com 885 votos; Uilio de Oliveira Souza (MDB), que obteve 783 votos; Claudio Ricardo Ribeiro de Souza (PP), com 778 votos; Sirleide Cordeiro dos Santos (MDB), que recebeu 735 votos; Alexson Leite Lira (PP), com 712 votos; Isabelita Conceição Francisca da Silva (MDB), com 654 votos; Leaudo Alves Vilela (PSB), que obteve 629 votos; Maykon Tenório dos Santos (PP), com 592 votos; Adriano Batinga de Almeida (MDB), que recebeu 588 votos; e Tibúrcio Militão Junior (MDB), com 563 votos.

Ou seja, das 11 vagas, cinco delas estão com vereadores do PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira; cinco estão com o MDB, do senador Renan Calheiros; e uma do PSB, que está sendo estruturado pelo governador Paulo Dantas (MDB).

O juiz eleitoral Antônio Iris da Costa Júnior, responsável pela eleição suplementar, acompanhou de perto a movimentação nos locais de votação e se reuniu com integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que fiscalizaram o pleito.

“Foi uma eleição tranquila e sem registros de intercorrências. Apenas uma urna eletrônica apresentou defeito no teclado, precisando ser substituída antes do início da votação e não houve registro de prisões ou de propaganda irregular. Agora seguiremos com a análise das contas e com a definição da data para a diplomação dos eleitos”, pontuou o magistrado eleitoral.

A eleição suplementar contou com 21 candidatos disputando as 11 vagas disponíveis. De acordo com o TRE/AL, 11.385 eleitores compareceram às urnas, o que representa 69,88% dos 16.290 eleitores aptos a votar no município. O dia de votação transcorreu de forma tranquila, das 8h às 17h, com movimentação discreta nas ruas e locais de votação. Não houve relatos de aglomerações ou propaganda eleitoral irregular nas proximidades dos colégios eleitorais.

De acordo com o calendário eleitoral da eleição suplementar, as contas dos candidatos e partidos devem ser analisadas até o dia 25 de junho e os eleitos devem ser diplomados até dia 28.

A decisão de realizar a eleição suplementar veio após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar a anulação de todos os votos recebidos pelo MDB e pelo PP nas eleições de 2020. A medida foi tomada após a constatação de que os partidos haviam utilizado candidaturas femininas fictícias para cumprir a cota de gênero, configurando fraude.

Os eleitores que realizaram o alistamento eleitoral ou transferência de domicílio após 10 de janeiro não puderam votar nesta eleição suplementar, mas estarão aptos a participar da eleição municipal em outubro. Aqueles que não votaram por estarem fora do município no dia da eleição têm um prazo de 60 dias para justificar a ausência.

A eleição suplementar em Porto Real do Colégio reafirma o compromisso do sistema eleitoral brasileiro em garantir a legitimidade dos representantes eleitos e a correção de irregularidades, assegurando que a vontade dos eleitores seja plenamente respeitada.