Com a candidatura própria do Partido dos Trabalhadores (PT) à Prefeitura de Maceió confirmada, Ricardo Barbosa espera contar com um cabo eleitoral de peso, que é o presidente Luís Inácio Lula da Silva. Ciente de que não será fácil, o pré-candidato e atual presidente do partido em Alagoas entende que há razões para ter essa presença de com peso eleitoral em seu palanque.

À reportagem da Tribuna Independente, Ricardo Barbosa reconhece que a tratativa é bem difícil, tem possibilidades, mas a garantia da presença de Lula na capital alagoana ainda é um cenário muito distante.

“A candidatura do PT é pra valer. A candidatura original mesmo do PT, a do partido do presidente Lula, é a minha. Existe, sim, no âmbito da nacional a discussão de que Lula deverá percorrer as capitais e as cidades com mais de 200 mil habitantes. Então, há uma probabilidade, mas não é uma coisa garantida. A gente vai solicitar, é natural, mas eu não posso dar a garantia de que o Lula estará aqui”, contextualiza Barbosa.

Além de ser uma capital, Maceió teve nas eleições gerais, em 2022, 627.485 eleitores aptos, de acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Cauteloso, Ricardo Barbosa reforça que a avaliação está sendo feita pela direção nacional.

“Isso pode ser uma possibilidade em todas as capitais, esse estudo quem faz é a executiva [PT] nacional. Já foi feito um levantamento, a nacional pediu ao diretório local a agenda das candidaturas para avaliar a participação de lideranças nacionais, como ministros, mas a agenda do presidente a gente não sabe”, disse Ricardo Barbosa, que em sua carreira política, já exerceu o mandato de vereador em Maceió.

Com uma relação bastante estreita entre o presidente Lula, e o próprio PT local, com o grupo político dos Calheiros e do governador Paulo Dantas (MDB), pode ser que aconteça algum mal-estar político caso o presidente suba no palanque de Ricardo Barbosa e não esteja presente na campanha do deputado federal Rafael Brito (MDB), pré-candidato da legenda à Prefeitura de Maceió.

Ricardo reforça, no entanto, que não houve ressalva ou interferência da nacional sobre isso em momento nenhum. “Se houvesse teria passado na reunião nacional, que aconteceu em março. Naquele momento todas as candidaturas de capital foram avaliadas. Em Rio de Janeiro, João Pessoa, Recife e Curitiba, Lula tem interesse de participar diretamente da discussão, vai ser direto pela executiva nacional. Se fosse o caso de Maceió, teria sido colocado naquela reunião”.

Mas, o pré-candidato do PT reconhece que há muitos elementos nessa discussão. “Alagoas sempre foi, do ponto de vista político, complicado no âmbito nacional. Todo mundo quer ter o privilégio de ter o Lula ao seu lado, é natural que as pessoas que estão no bloco político mais próximo queiram o apoio do Lula, mas isso só quem vai poder responder, é o presidente Lula. Eu não posso fazer avaliação em nome do presidente”.