Política

Entrega de cestas básicas pelo Governo de Alagoas estava prevista em orçamento desde 2020

Gestão estadual desenvolveu programa contínuo no enfrentamento da insegurança alimentar de milhares de alagoanos

Por Rafael Maynart / Agência Alagoas 02/04/2024 18h21
Entrega de cestas básicas pelo Governo de Alagoas estava prevista em orçamento desde 2020
Cestas básicas são compostas por 12 itens alimentares de alta qualidade nutricional - Foto: Thiago Sampaio / Agência Alagoas

A existência de um programa estadual de proteção a pessoas em situação de vulnerabilidade, a partir da entrega de cestas básicas, foi algo formalizado pelo Governo de Alagoas já em 2020. Assegurada na Lei Orçamentária, o trabalho de combate à fome tem o objetivo de enfrentar este problema que atinge milhares de alagoanos afetados pela extrema pobreza, intensificada significativamente no período da pandemia de Covid, conforme apontam os registros do CadÚnico.

Com o Pacto Contra Fome, dedicado exclusivamente ao combate da desnutrição e da insegurança alimentar, a entrega de cestas básicas, compostas por 12 itens alimentares de alta qualidade nutricional, alcançou milhares de famílias cuja renda per capita de até R$ 105 impedia até mesmo as refeições diárias. Essas pessoas inclusive estavam inscritas no CadÚnico e possuam o Número de Identificação Social (NIS) atualizado.

Após esses dados em mãos, o procurador do Estado Luís Vale afirmou que fica claro que o Pacto contra Fome não é uma iniciativa nova, mas sim uma extensão dos esforços de combate à fome, inclusive, já existentes, sob uma execução orçamentária previamente estabelecida, em resposta à persistente insegurança alimentar em Alagoas. “O Pacto representa a consolidação de várias ações e programas preexistentes, agora reforçados com o propósito de acelerar seus impactos”, explicou.

Questionado sobre o uso eleitoral, o procurador observou que as acusações feitas na época tiveram caráter depreciativo e foram infundadas, já que até mesmo os principais concorrentes na campanha pelo Governo de Alagoas reconheceram publicamente a importância do programa no combate à crescente fome no estado e concordaram com a continuidade das ações já executadas, afinal, Alagoas ainda sentia os efeitos da pandemia.

“Se as cestas foram distribuídas em um momento em que a fome estava aumentando no Estado de Alagoas, como a própria denunciante admite, então fica claro que a razão para distribuir mais cestas em 2022 não foi por motivos eleitorais. A intenção era garantir o direito fundamental das pessoas a terem acesso a alimentação básica, disse” destaca.

GARANTIDO EM LEI

Luís Vale ressaltou que a Lei Eleitoral assegura que projetos preestabelecidos possam prosseguir ao longo do ano, independentemente de ser um período de campanha, fortalecendo a continuidade das ações de combate à insegurança alimentar e garantindo seu alinhamento com os preceitos legais.

“Como há previsão expressa artigo 73 da Lei n° 9.504/97, de que o estado de emergência é uma das exceções à caracterização da conduta vedada, a investigante, com afasta a existência interesse em sua causa, além de pedir que cestas básicas continuem a ser entregues, acaba por reconhecer a inexigibilidade de conduta diversa por parte do Governo de Alagoas”, concluiu.