Política
CPI da Braskem: Comissão ouve Abel Galindo e José Geraldo Marques

A CPI da Braskem começou a receber os primeiros depoentes nesta terça-feira (5/3). Um deles é o engenheiro civil Abel Galindo Marques, professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Autor dos três requerimentos de convocação, o relator da comissão parlamentar de inquérito, senador Rogério Carvalho (PT-SE), aponta que Abel Galindo foi um dos primeiros profissionais a alertar sobre possibilidade de desabamento do teto de uma das minas escavadas pela Braskem para lavra de sal-gema em Maceió.
A CPI também vai ouvir o ativista alagoano José Geraldo Marques, doutor em ecologia. De acordo com Rogério Carvalho, Marques é uma das vítimas da evacuação dos bairros atingidos pela mineração da Braskem. Ele teria sofrido pressões e ameaças por se opor à instalação da empresa Salgema, ligada à Braskem, e enfrentado muitas reações por criticar a decisão do governo da época pela implantação da indústria. José Geraldo e Abel Galindo são autores do livro ‘Rasgando a Cortina de Silêncios: o lado B da exploração de sal-gema em Maceió’.
A engenheira Natallya de Almeida Levino, professora da Universidade Federal de Alagoas, também será ouvida pela CPI nesta terça-feira. Segundo o requerimento, a professora é coordenadora de uma pesquisa sobre as dimensões econômica, social e ambiental da subsidência (movimento, relativamente lento, de afundamento de terrenos) que atinge cinco bairros de Maceió.
Diretor da ANM e geólogo
Na quarta-feira (6/3), às 9h, a CPI volta a se reunir para ouvir dois depoentes. Um deles é o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Henrique Moreira Sousa. O outro depoente é o geólogo Thales Sampaio, aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
Os requerimentos para a convocação de Thales Sampaio e de Mauro Sousa foram apresentados pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL). Segundo o senador, os depoimentos dos convocados vão contribuir com os trabalhos da Comissão. As duas convocações foram aprovadas em meio a vários outros requerimentos para oitivas na CPI.
“Thales Sampaio é uma pessoa que foi determinante para que se conseguisse responsabilizar a empresa Braskem. Ele fez um laudo técnico, passou vários meses morando em Maceió, reuniu tecnologia do mundo inteiro e teve a responsabilidade de colocar no papel o que estava acontecendo. Começando com ele aqui, para que ele faça esse resgate histórico, ele colocará todos nós na mesma página”, registrou Rodrigo Cunha.
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