Política
Oposição ensaia nomes para enfrentar Luciano Barbosa em Arapiraca
Com 70% de aprovação, atual prefeito pavimenta caminho da reeleição enquanto espera oposição escalar adversários

A gestão do prefeito Luciano Barbosa (MDB) tem atualmente uma avaliação positiva de 70% da população de Arapiraca. Barbosa está marcando sua terceira passagem pela prefeitura com a realização de obras em todas as áreas sociais, como a entrega de mais de 50 escolas, creches, ginásios poliesportivos, pavimentação de dezenas de ruas e avenidas na cidade e nos povoados.
Analistas políticos colocam o atual prefeito de Arapiraca como franco favorito para a reeleição em 2024.No entanto, até bem pouco tempo, Barbosa enfrentou uma forte oposição na Câmara de Vereadores, que era liderada por Thiago ML (PROS).
A oposição chegou a ter 11 dos 19 vereadores que compõem o Poder Legislativo local. Mas a liderança de Thiago durou pouco tempo. A eleição que o conduziu à presidência da Câmara foi questionada na Justiça alagoana e até no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, onde os ministros decidiram pelo afastamento de Thiago e a posse do vereador Sérgio do Sindicato (União Brasil) como novo presidente da Casa.
Para Thiago ML ainda resta uma última ação na Justiça alagoana, na tentativa de voltar ao comando da presidência da Câmara de Arapiraca, que hoje tem apenas Thiago na oposição, um vereador considerado “independente”, Givaldo Bicudo, do PSDB, e 17 vereadores na base de Luciano Barbosa.
Restou à oposição buscar alternativas para fazer frente ao atual prefeito com nomes de outras lideranças. Dois nomes começam a surgir: o líder comunitário Valter Bispo e do ex-deputado estadual Ismael Pereira, que exerceu mandatos entre os anos de 1983 e 1990, mas estava afastado da política arapiraquense há mais de 20 anos.
Bispo é filiado ao Republicanos e Ismael Pereira, que também já foi vereador em Arapiraca, entre os anos de 1973 e 1976, e hoje está com 82 anos de idade, é filiado ao Patriota.
Diferente de 2020, quando Luciano venceu com 54,56% dos votos cinco adversários: Fabiana Pessoa (Republicanos), Tarcizo Freire (PP), Gilvânia Barros (Solidariedade), Cláudio Canuto (Patriota) e Hector Martins (Cidadania), em 2024 terá um cenário totalmente oposto.
Analistas políticos acreditam que a oposição deve ter, no máximo, duas candidaturas contra Barbosa. Tarcizo Freire não deve disputar a majoritária e todos acreditam que o ex-deputado vai focar os esforços na reeleição do filho, o vereador Túlio Freire (PP).
“Com a gestão avaliada em 70% de aprovação, pelos moradores de Arapiraca, o prefeito Luciano Barbosa, até o momento, nada de braçada, sem oposição na majoritária”, afirma Eli Mário Magalhães, dirigente do PDT de Arapiraca. Segundo ele, Barbosa conta com os apoios declarados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), do senador Renan Calheiros (MDB) e do vice-governador Ronaldo Lessa (PDT), além dos deputados federais Daniel Barbosa (PP), Paulão (PT) e do deputado estadual Ricardo Nezinho (MDB).
Ainda existe a possibilidade de uma terceira candidatura: a do líder comunitário Lindomar Ferreira, atual presidente do diretório municipal do Solidariedade e coordenador da Defesa Civil Municipal.
Na eleição proporcional, há a possibilidade do aumento da bancada de 19 para 21 vereadores na Câmara Municipal de Arapiraca. Segundo uma fonte política, o atual presidente da Mesa Diretora, Sérgio do Sindicato (União Brasil) é contrário ao projeto.
A decisão para aumentar a bancada é da Mesa Diretora, no entanto, o duodécimo repassado pelo Executivo teria que ser dividido com mais dois parlamentares, isso reduziria o subsídio dos 19 vereadores.
O MDB continua sendo o partido com maior número de vereadores na Câmara, com quatro vereadores e deve buscar a reeleição: Léo Saturnino, Doutora Fany, Wellington Magalhães e Márcio do Canaã. Três ou quatro vereadores estariam propensos para filiação ao PDT de Ronaldo Lessa.
Com relação ao embate jurídico, iniciado em novembro de 2022, por conta do comando da presidência da Câmara de Vereadores, Thiago ML foi afastado do cargo e assumiu Sérgio do Sindicato. O imbróglio mobilizou a Comarca local, o Tribunal de Justiça de Alagoas e até o Supremo Tribunal Federal (STF).
Os dois lados questionavam os processos eletivos que elegeram Thiago e Sérgio do Sindicato. Após idas e vindas, em maio deste ano, o ministro Alexandre de Moraes negou duas ações de Thiago e deu parecer favorável para que o Poder Legislativo atendesse ao pedido do TJ/AL para dar posse a Sérgio, que permanece no comando da Câmara até 2024.
Resta a Thiago ML uma ação na 4ª Vara da Comarca de Arapiraca sobre a polêmica disputa pela presidência da Casa Legislativa. Mas os analistas jurídicos acreditam que ele tem poucas chances de tomar o comando da presidência de Sérgio do Sindicato.
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