Política

Presidente atua para ampliar apoios na Câmara e busca Centrão

Por Editoria de Polícia com agências com Tribuna Independente 01/08/2023 10h19
Presidente atua para ampliar apoios na Câmara e busca Centrão
Presidente da Câmara, Arthur Lira, tem dado recados ao governo e ministros sobre as derrotas na Câmara - Foto: Divulgação

Desde que sofreu sucessivas derrotas no primeiro semestre no Congresso Nacional, principalmente na Câmara dos Deputados, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem buscado algumas medidas para melhorar a articulação política.

Entre essas medidas, estão mudanças em cargos de comando e de segundo escalão nos ministérios, para tentar incorporar partidos à base aliada.
A medida é necessária porque – pelos cálculos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – a atual base do Palácio do Planalto é de cerca de 130 deputados entre os 513 parlamentares.

É possível dizer que a base do governo Lula é formada por sete partidos. São eles: PT com 68 deputados; PDT, 18 deputados; PSB, 15; PSOL, 13; PCdoB, 7; PV, 6 e Rede, 1. Se somadas todas as bancadas acima, o governo Lula conta com 128 deputados na base aliada.

Os projetos em tramitação na Câmara exigem números diferentes de votos para serem aprovados.

Por exemplo, são necessários 257 votos para se aprovar projetos de lei complementar – como é o caso do novo arcabouço fiscal e 308 votos para se aprovar propostas de emenda à Constituição – como é o caso da reforma tributária.

Nessa conta, o governo precisa buscar o apoio de cerca de 130 votos para aprovar projetos de lei complementar e cerca de 180 votos para aprovar PECs.

APOIO PASSADO

O presidente do PP, por exemplo, senador Ciro Nogueira (PI), foi ministro da Casa Civil de Bolsonaro. O Republicanos, por sua vez, abriga ex-ministros de Bolsonaro, como o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e a senadora Damares Alves (DF), além do ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão, atualmente senador pelo Rio Grande do Sul.

CENTRÃO

O termo Centrão é usado para identificar aqueles partidos que costumam apoiar os governantes do momento, independentemente do espectro político do qual fazem parte.

O PP, por exemplo, chegou a integrar a base de Dilma Rousseff, mas, depois, apoiou o impeachment da petista. A sigla também teve ministério no governo Bolsonaro e agora pode ter integrantes no governo Lula.