Política

MPF destaca que gestões precisam identificar as áreas de risco

Por Editoria de Política com Tribuna Independente 14/07/2023 16h03
MPF destaca que gestões precisam identificar as áreas de risco
Ministério Público Federal e OAB/AL realizaram reunião estratégica - Foto: Assessoria

Durante a reunião estratégica promovida pelo Ministério Público Federal e Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB-AL), a procuradora da República Juliana Câmara destacou que as medidas adotadas contribuíram para que as vidas fossem preservadas.

“Apesar disso, ainda é necessário que os agentes públicos e a população ajam de forma proativa diante das informações fornecidas. Que respeitem os alertas, se preservem e não se ponham em risco. Socialmente, é importante que os gestores identifiquem as áreas de risco e atuem para que MPF destaca que gestões precisam identificar as áreas de risco, elas não sejam ocupadas”.

Para a OAB, é necessário diagnosticar as dificuldades enfrentadas e provocar os gestores municipais a adotarem medidas preventivas. “Para além do monitoramento, precisamos saber o que os gestores municipais têm feito. Temos que provocar os agentes públicos a se movimentarem preventivamente e não só quando o desastre acontece”, comentou Vagner Paes, presidente da OAB/AL.

Ainda na reunião, foi mencionado o trabalho da sala de alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), que emitiu comunicados e alertas sobre as condições meteorológicas e hidrológicas, visando prevenir desastres. A Semarh informou que 99% do planejamento foi eficiente, emitindo comunicados e alertas para os órgãos de Defesa Civil, autoridades e população antes da ocorrência das chuvas intensas.

“Dois dias antes do evento emitimos um primeiro comunicado de atenção destinado aos órgãos de Defesa Civil do Estado e dos Municípios. Na quinta pela manhã [véspera do evento], emitimos um aviso meteorológico, primeiro para as diversas autoridades e depois disponibilizado para a população e a imprensa. Na sexta-feira [7], pela manhã [primeiro dia da chuva mais torrencial], emitimos o primeiro alerta, a chuva intensificou. Só em Atalaia choveu 140mm em 6 horas. Nenhuma cidade do Brasil suporta 140mm num curto espaço de tempo. Depois do alerta meteorológico entrou o alerta hidrológico”, narrou Vinicius Pinho, superintendente de Prevenção em Desastres Naturais da Semarh.

Por fim, foram discutidos temas como barragens para armazenamento de água durante secas prologadas e a preparação para os impactos do fenômeno El Niño, que pode causar secas severas na região. Também foi mencionada a necessidade de estudos atualizados sobre o assoreamento das lagoas que compõem o Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba.

Na reunião, foi destacado as frequentes elevações das lagoas Mundaú e Manguaba nos últimos anos e a criação de uma comissão para estudar medidas preventivas contra as enchentes. Foi destacada a importância de ações relacionadas ao uso e ocupação do solo, como identificar áreas a serem protegidas, realizar reflorestamentos e gerir os recursos hídricos.