Uma mulher de 36 anos, que não teve a identidade divulgada, foi presa na cidade de São Bernardo do Campo, interior de São Paulo, acusada de liderar um esquema que arrecadou cerca de R$ 1 milhão, num esquema que oferecia vagas de empregos em unidades ligadas à Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau). As vagas eram distribuídas em Maceió e no interior do estado.

O delegado Sidney Tenório, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), da Polícia Civil de Alagoas, disse à Tribuna Independente que, tão logo as investigações foram encerradas, com o pedido de prisão preventiva da líder do esquema pelos crimes de associação criminosa e estelionato, iniciou-se os trabalhos de inteligência para conseguir prendê-la, o que foi possível da parceria entre Deic e 8º Distrito Policial de São Bernardo do Campo.

Sidney, que presidiu as investigações, afirma que a prisão da mulher foi fundamental para que seja iniciada a prestação de contas com a Justiça. “Dezenas de vítimas foram lesadas. Agora, ela retorna para o estado, onde vai responder ao processo criminal e permanecerá presa por determinação do juiz da 4ª Vara Criminal da Capital”, afirma.

O delegado ressaltou ainda que outras seis pessoas também foram indiciadas pelos crimes de estelionato e associação criminosa, mas não tiveram a prisão representada, já que foram interrogadas e colaboraram com as investigações.

“A investigação durou cerca de oito meses e ficou evidenciado que a investigada montou um verdadeiro esquema fraudulento para vender vagas de empregos em hospitais públicos da Sesau, sem ter qualquer vínculo com a secretaria”. Dezenas de pessoas pagaram valores para fazer exames admissionais e cursos de preparação por empregos que nunca assumiram. O golpe chega à cifra de mais de R$ 1 milhão arrecadado pela associação criminosa”, explicou Sidney Tenório.

ENTENDA

As denúncias sobre vendas de emprego na Secretaria de Estado da Saúde ganharam força durante a campanha eleitoral do ano passado. Diversas pessoas tiveram contatos com a mulher de 36 anos para conseguir emprego, no entanto, seria necessário apoiar candidatos ao cargo de deputado estadual.

A Sesau foi procurada para falar sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição não havia se manifestado.