Política

Bancada federal alagoana se compromete em tornar Operação Pipa uma política permanente

Decisão foi tomada após mobilização da Associação dos Municípios Alagoanos

Por Imprensa AMA 13/02/2023 15h52 - Atualizado em 13/02/2023 23h31
Bancada federal alagoana se compromete em tornar Operação Pipa uma política permanente
Reunião na AMA discutiu políticas permanentes para abastecimento de água nas cidades - Foto: Cortesia

Após a paralisação de mais de 3 meses da Operação Pipa em 37 cidades de Alagoas, a Associação dos Municípios Alagoas (AMA) reuniu deputados federais, Defesa Civil, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos na manhã desta segunda-feira, dia 13, para discutir políticas permanentes para esse abastecimento.

Apesar das chuvas recentes, algumas localidades mais distantes não têm acesso à distribuição de água tradicional e dependem da Operação Pipa, que é comandada pelo Exército, e foi paralisada inicialmente por falta de recursos, mas agora está travada por questões burocráticas.

O presidente da AMA, Hugo Wanderley, organizou a reunião, que contou com 6 dos 9 deputados federais. “Queremos sensibilizar o governo federal, através da bancada federal, o retorno imediato da Operação. Temos milhares de comunidades que dependem disso”, afirmou o presidente.

O líder do MDB na Câmara Federal, o deputado Isnaldo Bulhões, foi eleito pelos parlamentares como interlocutor entre a AMA e o governo federal. Ainda esta semana os deputados se reúnem para fechar um documento que estabeleça essa oferta de água potável, em caráter permanente e não apenas em tempo de escassez.

“Vamos discutir uma política permanente e não só em momentos emergenciais e de calamidade. Algumas localidades mais distantes não têm acesso a distribuição de água tradicional. Vamos discutir também os investimentos necessários para sanar esse problema, como pequenas adutoras”, afirmou Isnaldo Bulhões.

A Semarh já havia emitido relatório à Agência Nacional de Água (ANA) atestando a necessidade da operação, mas o relatório foi desconsiderado porque o monitor da seca não detectou ainda a ausência total de chuva. “A gente não pode usar como parâmetro apenas o monitor de seca, porque pode ter água mas não de qualidade para o consumo humano. afirmou o secretário Gino César.

O coordenador da Defesa Civil do Estado, Coronel Moisés, destacou que os municípios podem solicitar orientação para o decreto de emergência. “Estamos à disposição para as orientações necessárias para decretação coletiva ou individual da situação de emergência para a partir daí tomar as providências necessárias”, afirmou o Coronel.

A atual realidade nos municípios do semiárido alagoano é que , além da ajuda dos prefeitos, a população também está sendo forçada a comprar água no carro pipa, tendo em vista a água de barreiros e açudes ser imprópria para consumo.

O prefeito de Pão de Açúcar Jorge Dantas destacou que o município, apesar de ser banhado pelo Rio São Francisco, possui comunidades a quilômetros do centro da cidade que precisam dos caminhões pipas e sem a Operação do Exército, as prefeituras arcam com uma parte desse custo para não deixar a população desamparada, porém não é o suficiente.

“Nos tempos atuais, a população não pode e nem quer beber água imprópria dos barreiros e água de chuva. A Operação Pipa salva vidas”, enfatizou o prefeito de Pão de Açúcar.

Além do Isnaldo Bulhões, estiveram presentes na reunião os deputados: Alfredo Gaspar, Paulão, Fábio Costa, Luciano Amaral e Marx Beltrão