Com direito à participação especial como diretor, batendo a famosa e tradicional placa de cinema claquete - a convite da produção - o governador Paulo Dantas visitou, nesta sexta-feira (18), as filmagens em um dos sets de gravação do filme Deus Ainda é Brasileiro, que ocorreu no prédio da Associação Comercial de Maceió, no histórico bairro do Jaraguá.

Com direção do cineasta alagoano Cacá Diegues, o longa-metragem está sendo inteiramente rodado em Alagoas, tendo como palcos lugares como o distrito de Ipioca e o município de Piranhas, no Sertão alagoano.

Acompanhado da secretária de Estado da Cultura, Melina Freitas, Paulo Dantas conheceu as instalações, conversou com atores, produtores, como a diretora Paula Barreto, e o renomado cineasta Cacá Diegues.

“É com muita alegria que o Governo de Alagoas está fomentando a cultura, com investimento em cerca de 50% da produção, que trará, como contrapartida, a geração de emprego para atores, figurinos e boa parte da equipe técnica da nossa terra. Naturalmente, o filme vai divulgar nosso Estado para todo o país e para o mundo, com a direção do nosso ilustre alagoano Cacá Diegues e atuação de atores consagrados como Antônio Fagundes e Wagner Moura, além da participação de 70% da equipe composta por atores, atrizes, figurantes e o pessoal da parte técnica, que são alagoanos”.

O governador aproveitou para anunciar que o Estado irá lançar, em breve, vários editais no setor do audiovisual por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

“Deus Ainda é Brasileiro” tem aporte financeiro do Governo do Estado, no valor de R$ 6 milhões, e vem movimentando o cenário audiovisual alagoano, com a capacitação e contratação da maioria de profissionais da dramaturgia do Estado, além de já movimentar economicamente vários setores, como hotéis, restaurantes e o comércio.

O novo longa - como em 2003, com Deus é Brasileiro - traz novamente o renomado ator Antonio Fagundes no papel de Deus e conta com outras feras do teatro, do cinema e da televisão, como os atores Otávio Müller e Bruce Gomlevski, e as atrizes alagoanas Ivana Iza, que faz a protagonista Madá, e Laís Vieira, como a personagem Linda.

Um filme para reflexão, diz diretor

“Este filme retorna ao Brasil e a minha Alagoas, para tentar recuperar a esperança na humanidade, parando justamente aqui, que é um paraíso na terra, convidando o espectador a refletir sobre o nosso momento político e de que forma podemos contribuir para a sociedade”, destacou Cacá Diegues, que nasceu em Maceió, e é o segundo filho do antropólogo Manuel Diegues Júnior e de uma fazendeira.

Aos 6 anos de idade, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro e se instalou em Botafogo, bairro onde passou toda sua infância e adolescência. Diegues é considerado um dos líderes do Cinema Novo, ao lado do lendário Glauber Rocha. Em agosto de 2018, o cineasta foi eleito novo imortal da Academia Brasileira de Letras, na cadeira de nº 7, que já foi ocupada pelo escritor Euclides da Cunha.