Política

Anular as eleições? Randolfe debocha de suposta ação do partido de Bolsonaro; "Mais fácil arrumar as malas"

Notícia de que o PL vai pedir junto ao TSE a anulação do pleito se tornou motivo de piada para o senador que integra a equipe de transição do presidente eleito Lula

Por Ivan Longo com Revista Fórum 16/11/2022 07h31
Anular as eleições? Randolfe debocha de suposta ação do partido de Bolsonaro; 'Mais fácil arrumar as malas'
Projeto é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) - Foto: Pedro França / Agência Senado

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que integra a equipe de transição do presidente eleito Lula (PT), debochou da notícia de que o PL, partido de Jair Bolsonaro, o derrotado, estaria planejando, segundo o site O Antagonista, pedir junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a anulação da eleição de 2022 - cujo resultado já foi reconhecido pelas principais democracias do mundo.

Direto do Egito, onde está participando da Conferência do Clima da ONU, a COP27, Randolfe afirmou, através das redes sociais na noite desta terça-feira (15), que a suposta ação do PL é uma "cortina de fumaça" e que parte do "medo" que os derrotados nas eleições têm de que Lula retire os sigilos de 100 anos impostos por Bolsonaro em inúmeros atos do governo.

"Sabe a famosa 'cortina de fumaça'? Pois é, parece que o partido do derrotado quer pedir a anulação da eleição. A justificativa: choro, delírios e medo da quebra dos sigilos de 100 anos. Alguém avisa eles que é mais fácil arrumar as malas. Tic tac…", escreveu o senador, junto a emojis de risadas.

PL NEGA

Após a notícia vir à tona no site O Antagonista, o PL divulgou uma nota em que informa que o resultado da fiscalização do sistema eleitoral que o partido está fazendo termina apenas no mês de dezembro. "Está em andamento. Ainda não foi divulgada qualquer versão final do relatório, temos estudos em andamento. A versão publicada pelo Antagonista é obsoleta e não está assinada por ninguém", diz a legenda.

O presidente do partido, Valdemar da Costa Neto, se recusou na última semana a reconhecer a vitória do presidente eleito Lula (PT).

Relatório feito pelos militares e encaminhado pelo Ministério da Defesa - órgão do próprio governo federal - ao TSE não aponta qualquer indício de erro ou fraude no sistema eletrônico de votação.

O resultado do pleito eleitoral no Brasil já foi reconhecido por inúmeras entidades, observadores internacionais e por chefes de Estado das maiores democracias do mundo.