A jornalista Lenilda Luna denunciou nesta segunda-feira (10), durante assembleia de técnicos e professores da Ufal, uma ameaça sofrida por ela na noite de domingo (9). Ela afirma que foi ameaçada por um bolsonarista que foi na porta de sua residência depois das 22 horas reclamar de uma revista de conteúdo político da jornalista que havia sido emprestada a uma pessoa da família do homem.

Lenilda relata que o momento atual é assustador e que o comportamento cada vez mais agressivo de grupos bolsonaristas é visto todos os dias na internet e nas ruas.

Ela relata que não quis alongar a conversa com o homem, pegou a revista de volta e pediu que ele se retirasse. "Uma situação desnecessária, a meu ver, porque bastava que ele pedisse para quem pegou a revista devolver, por não concordar com o conteúdo. Mas tem que ter essa postura de acusar de doutrinação e toda essa teoria conspiratória anticomunista que está tomando umas proporções assustadoras", declarou.

Jornalista já havia registrado BO contra outro bolsonarista

Antes mesmo deste caso registrado no domingo, na semana anterior, Lenilda já havia registrado Boletim de Ocorrência na Delegacia Virtual contra um gaúcho que faz parte de um WhatsApp que ela participa. O grupo possui pessoas de todo o Brasil.

"Algumas pessoas do grupo começaram a postar propaganda a favor de Bolsonaro e descambou para uma espécie de terrorismo religioso segundo o qual, quando Lula for eleito, as igrejas vão fechar, os padres e pastores serão perseguidos e outras falácias sem embasamento", relata a jornalista.

Segundo Lenilda, ela defendeu suas posições políticas para votar em Lula e o gaúcho começou a proferir xingamentos no grupo.

"Eu coloquei meus argumentos para votar em Lula, para derrotar Bolsonaro, mesmo tendo algumas críticas ao arco de alianças que ele fez, e rebati as fake news. De repente, mensagens de xingamento partiram deste senhor. Como algumas foram muito ofensivas, tive que me posicionar e denunciar", finalizou.