Política
Casal bolsonarista comete crime de racismo e destrói carrinho de ambulantes na Ponta Verde
Deputado Federal Paulão (PT) esteve presente para dar apoio às vítimas dos agressores, que gritaram frases como “quem vota no Lula é nega vagabunda”
Um casal de bolsonaristas agrediu um casal de ambulantes petistas por volta das 18h desse domingo (9), próximo ao Marco dos Corais, na Praia de Ponta Verde, em Maceió. Além de agredir as vítimas, o casal descontrolado quebrou o carrinho usado por ambos para comercializar milho.
O caso foi registrado na Central de Flagrantes. A mulher foi autuada por injúria racial e está detida após o auto de prisão em flagrante delito.
Já o homem foi autuado por crime de dano, de menor potencial ofensivo. Pagou fiança de R$ 1.200 e vai responder aos crimes em liberdade. A identidade dos agressores não foi divulgada.
Nas redes sociais, o homem faz a defesa do uso de armas e publica vídeos contra o ex-presidente Lula (PT) e a esquerda.
Entenda o caso
Um grupo de policiais anti-fascistas fazia uma manifestação na orla da capital alagoana neste domingo com críticas e denúncias ao presidente Bolsonaro (PL), que disputa no segundo turno a presidência do Brasil contra Lula.
O casal vendedor de milho estava próximo do grupo. Quando os policiais dispersaram, o casal bolsonarista se aproximou dos vendedores e perguntou se ambos votavam em Lula. Eles disseram que sim. Foi quando começou a confusão.
A vendedora foi chamada pelos eleitores de Bolsonaro de “nega, preta, safada, lulista sem vergonha” e “quem vota no Lula é nega vagabunda”. O bolsonarista avançou, chutou, virou e danificou o carrinho de milho.
Policiais da Oplit se dirigiram ao local e levaram todos para o posto da polícia. Em seguida, foram encaminhados para a central de flagrantes.
Os policiais anti-fascistas que estavam na manifestação prestaram solidariedade ao casal vítima de agressão e se dirigiram à central de flagrantes.
O deputado federal Paulão (PT) também esteve no local para dar apoio às vítimas. Ele, o policial José Carlos, o advogado da Secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Mirabel Alves, e o coronel da PM Luciano Silva fizeram uma vaquinha para pagar o carrinho de milho do casal comerciante.
“Foi uma violência ligada a este momento político que vivemos”, disse o coronel Luciano em entrevista.
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