Política
Marcelo Victor aponta uso político da PF em suposta operação
Vídeos disparados por aliados de Arthur Lira insinuam prisão que nunca aconteceu

O deputado estadual Marcelo Victor emitiu uma nota para questionar a abordagem policial em que foi vítima nesta sexta-feira (30). Ele foi alvo de uma suposta ordem da Superintendência do órgão que levou policiais federais até um restaurante onde almoçava com assessores. Logo depois da ação, as imagens foram disparadas nas redes sociais afirmando a existência de uma suposta prisão do deputado por compra de votos - o que nunca aconteceu. Marcelo considerou a situação como absurda e de forte interesse político, culpando ao deputado federal Arthur Lira pela frustrada operação policial. A ação teve claro intuito de interferir no resultado da eleição neste domingo.
Para ele, existe forte influência do adversário na PF e isso tem contribuído para prejudicar a instituição que não deveria ter envolvimento político-partidário, tanto que na abordagem de ontem, sem existir sequer um mandado de busca. Marcelo lembrou também do recente vazamento de informações sobre investigações realizadas em desfavor do aliado de Arthur Lira, o prefeito afastado de Rio Largo, Gilberto Gonçalves - o que prejudicou o decorrer de uma investigação verdadeira e autorizada pela Justiça. "Desta forma, Arthur Lira traz de volta as ilegítimas abordagens para averiguação, comuns no Brasil durante a ditadura militar."
Marcelo Victor também culpou o candidato Alfredo Gaspar, "aquele a quem os próprios colegas acusam de ter se utilizado politicamente do cargo de Procurador-Geral de Justiça em benefício próprio e para tentar entrar para a política". Ele também gravou vídeos para falar da prisão que não aconteceu. Alfredo teria sido privilegiado por seu padrinho político nas informações sobre a operação e gravado um vídeo para promover sua campanha. "Por não ter cometido qualquer delito, não houve prisão, como foi falsamente noticiado pelo candidato Alfredo Gaspar", destacou o deputado.
"Seguirei firme com meus ideais progressistas, não permitindo que investidas antirrepublicanas promovidas por um covarde, ainda que ilicitamente auxiliado por agências policiais, interrompam as minhas ações em prol do povo alagoano", finaliza a nota que está abaixo na íntegra.
NOTA À IMPRENSA
Ontem (30), fui vítima de uma armação policialesca orquestrada por Arthur Lira, chefe do Orçamento Secreto e famoso por perseguir aqueles que não se submetem aos seus caprichos e ideais políticos.
Arthur Lira não tem hesitado em se valer de absurdas interferências na Polícia Federal, sua gestapo particular. A mesma que, convenientemente, vazou informações sobre investigações realizadas em desfavor de seu correligionário e prefeito afastado de Rio Largo-AL, ordenando procedimentos que, sem dúvidas, caracterizam a prática de gravíssimas infrações penais, a exemplo de abuso de autoridade que, mais adiante, deverá ser alvo de investigação.
Autoritário, Arthur Lira coloca a seu serviço a Polícia Federal, entidade que deveria se manter distante do campo político-partidário. Desta forma, Arthur Lira traz de volta as ilegítimas abordagens para averiguação, comuns no Brasil durante a ditadura militar.
A verdade é que fui abordado, enquanto almoçava num restaurante em companhia de assessores, por agentes de polícia que anunciavam ter recebido denúncia relacionada com uma imaginária compra de votos. Denúncia mentirosa, comprovado pelo fato de o comandante da operação não saber sequer informar o conteúdo e a autoria da notícia que afirmara lhe ter chegado, promovendo diligência arbitrária e há muito vedada pela pacífica jurisprudência.
Esclareço que não havia, na minha companhia, aglomerado de eleitores, não se tratando de ato de campanha. Ao contrário, apenas estava conversando com assessores num restaurante, ambiente de livre acesso ao público com grande fluxo de pessoas, o que por si é suficiente para mostrar a falsidade da suposta denúncia e, consequentemente, a ilegalidade da abordagem.
Comigo, foi encontrada uma quantia obtida através de minhas atividades privadas, não tendo sido achado qualquer documento que pudesse sugerir captação ilícita de voto.
Por não ter cometido qualquer delito, não houve prisão, como foi falsamente noticiado pelo candidato Alfredo Gaspar, aquele a quem os próprios colegas acusam de ter se utilizado politicamente do cargo de Procurador-Geral de Justiça em benefício próprio e para tentar entrar para a política, vendendo a alma por mais de R$ 2 milhões do fundão eleitoral coincidentemente administrado por Arthur Lira.
Seguirei firme com meus ideais progressistas, não permitindo que investidas antirrepublicanas promovidas por um covarde, ainda que ilicitamente auxiliado por agências policiais, interrompam as minhas ações em prol do povo alagoano.
Marcelo Victor
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