Política
Enquanto governo federal esvazia merenda escolar, Alagoas coloca recursos próprios e tem o maior valor do país

Com o maior valor de merenda escolar per capita do país, a rede estadual de Educação de Alagoas contrasta com as escolas públicas do restante do Brasil, que enfrentam escassez de alimentação para os estudantes por conta dos baixos repasses do governo federal. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) nunca reajustou os recursos para a compra de merenda escolar, o Governo de Alagoas, na gestão de Renan Filho (MDB), triplicou o valor da merenda ao complementar as verbas federais com recursos próprios do Estado.
O aporte extra do Governo Estadual para as escolas de ensino fundamental e médio faz de Alagoas o estado com o maior valor de merenda por estudante do Brasil. O investimento garante mais qualidade na alimentação, com ingredientes mais saudáveis, e também maior frequência de refeições – nas 107 escolas em tempo integral implantadas por Renan Filho, os alunos chegam a fazer cinco refeições por dia.
Enquanto isso, no restante do país crescem os relatos de diminuição na quantidade da comida e da baixa na qualidade. A imprensa nacional tem denunciado, nos últimos dias, casos de quatro crianças dividindo um ovo; carimbo nos alunos para que não repitam o prato; e falta de itens básicos como carne e arroz, substituídos por enlatados e suco em pó. A conta não fecha: de um lado o governo federal congelou o valor repassado há cinco anos, e do outro a inflação dispara. Só desde o começo da pandemia, a inflação dos alimentos já passou de 43%.
Muitas vezes, a merenda é a única alimentação de crianças e jovens pobres. A precarização por parte do governo federal é uma das razões para o país ter voltado ao Mapa da Fome.
Na maior parte das cidades, os recursos do governo federal para municípios, estados e escolas federais são a única forma de comprar merenda escolar. As mais prejudicadas são as cidades pequenas, que dependem basicamente da transferência desses recursos. Para o próximo ano, o presidente Jair Bolsonaro vetou o reajuste de 34% na verba para merenda, que tinha sido estipulado pelo Congresso Nacional no orçamento de 2023 pelo Congresso.
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