Política
Sucesso na extrema direita: Ciro é “aplaudido” por Moro, MBL, Graziano e Ruschel
Expoentes das camadas mais reacionárias do arco político brasileiro vão às redes apoiar postura de candidato do PDT, que se coloca como de esquerda, mas tem atuado como linha auxiliar de Bolsonaro

Para quem se jacta de ser um democrata e nas últimas décadas tem aparecido como um forte nome da esquerda no Brasil, Ciro Gomes (PDT) tem ganhado aplausos de figuras que estão do outro lado do espectro político nacional: a extrema direita.
Por sua insistência em manter a candidatura à Presidência, mesmo sem chances reais de vencer, e por atacar preferencialmente o ex-presidente Lula (PT), com um amplo leque de acusações, das mais graves e absurdas até as mais desleais e constrangedoras, ajudando o radical Jair Bolsonaro (PL), Ciro vem acumulando elogios e solidariedade de nomes notoriamente relevantes dos setores mais reacionários da política e da imprensa.
Sergio Moro, o ex-juiz e ex-ministro bolsonarista que um dia foi o todo-poderoso da Lava Jato, disse nas redes que as críticas de Lula e seu partido contra Ciro são “mais uma demonstração da natureza totalitária do PT”. Outro que também resolveu sair em defesa do ex-governador do Ceará foi Xico Graziano, coordenador da Campanha de Vinícius Poit (Novo) ao governo de São Paulo, que já foi tucano e bolsonarista. Ele escreveu numa mensagem de Ciro no Twitter, na qual o pedetista falou que o PT está “enrolado com roubalheira”, que a afirmação “é verdade”.
Mas se engana quem pensa que o seleto grupo de novos apoiadores do candidato do partido que um dia foi fundado e capitaneado por Leonel Brizola acabou.
“Há uma campanha envolvendo imprensa, influenciadores, agências, páginas de fofoca, artistas e partidos políticos para eleger Lula no primeiro turno. Até a Faria Lima aderiu. Alvo preferencial: Ciro Gomes”, escreveu nas redes Renan Santos, coordenador nacional do MBL, aquele que esteva com o ex-deputado MamãeFalei na famosa “Tour The Blonde”, a viagem à Ucrânia que deveria ser por razões humanitárias e acabou virando um escândalo de contornos sexuais e desumanos, culminando com a cassação do parlamentar.
Danilo Gentilli também foi outro nome afeito à direita, digamos, mais radical, que saiu em defesa de Ciro. “O gabinete do ódio petista começa nas manchetes dos jornais. Os caras vão acuando todo mundo que não se dobra”, disse o humorista sobre os problemas que Ciro enfrenta desde 2018 por não ter dado apoio a Fernando Haddad (PT) no segundo turno, contra Bolsonaro.
O influenciador de extrema direita Leandro Ruschel, incondicional e fidelíssimo seguidor de Jair Bolsonaro, também publicou comentários “aplaudindo” o ex-ministro que quer ser presidente. “Ciro Gomes colocou o dedo na ferida: disse que o pessoal do PSOL é financiado pelo George Soros”, escreveu.
E por fim, um outro grande totem da direita ultrarreacionária brasileira, Silvio Grimaldo, editor do “jornal” Brasil Sem Medo, fundado pelo místico esotérico autointitulado filósofo Olavo de Carvalho, que negou a existência da Covid-19 e teria morrido em decorrência da doença, embora a família negue, foi às redes falar bem de Ciro.
“Ciro é único que tem coragem de falar de George Soros nessa eleição”, postou.
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