Política
Rodrigo Cunha é líder em recursos de campanha
Filiado ao União Brasil, mais de 99% do dinheiro da sua candidatura veio da legenda

Campanha eleitoral exige estrutura financeira para que os candidatos possam levar suas propostas para o mais próximo possível do seu eleitorado. No Brasil, os recursos de campanhas apenas podem ser os do Fundo Eleitoral ou de doações individuais. A Tribuna checou no portal DivulgaCandContas, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quanto cada candidato a governador de Alagoas recebeu de doação para investir em suas campanhas.
O candidato que declara maior valor de doações é Rodrigo Cunha (União Brasil), com mais de R$ 6 milhões (R$ 6.069.158,98). Desse montante, 99,62% vieram da direção nacional do seu partido (R$ 6.046.208,98).
As outras doações variam de mais de R$ 11 mil, doados por Maria do Socorro Catonho da Silva, e quase R$ 3 mil doados por Maria Cícera de Araújo Silva.
O segundo candidato a receber o maior valor de doação é Paulo Dantas (MDB), que tem em caixa mais de R$ 5 milhões para campanha eleitoral (R$ 5.131.500), sendo 97,44% do dinheiro vindo da direção nacional do seu partido (R$ 5 milhões).
Entre as outras doações, aparece no portal o valor de R$ 25 mil, em nome de Pedro Victor de Araújo Júnior, e R$ 10 mil doados por Bruno Omena de Oliveira.
O terceiro com maior valor de doações é Rui Palmeira, candidato PSD. O portal mostra que o ex-prefeito de Maceió já recebeu mais de R$ 4 milhões em doações para a campanha, sendo 62,59% (2,6 milhões) desse valor vindo da direção estadual do partido, e 36,11% da direção nacional (R$ 1,5 milhão).
As outras doações variam entre o valor de R$ 12 mil, doados por Emerson Ferreira dos Santos, e R$ 8 mil, em nome de Diogo Silva Coutinho.
Fernando Collor (PTB) declarou ter recebido mais de R$ 750mil em doações para campanha eleitoral (R$ 767.457,04), sendo 94,47% vindos da direção estadual do partido. Entre as outras doações enviadas ao senador, estão o valor de mais de R$ 21 mil, doados por Breno Holanda Teixeira Santos, e R$ 2 mil enviados ao candidato por Eduarda Melo de França.
O Professor Cícero Albuquerque recebeu mais R$ 200 mil reais para investir na sua campanha eleitoral, 100% desse valor vindo da direção nacional do seu partido (R$213.285,92).
Bombeiro Luciano Fontes (PMB) e Luciano Almeida (PRTB) aparecem com a conta de doações zerada.
Senado: Renan Filho tem mais aporte
O candidato ao senado Renan Filho (MDB) é o que aparece com o maior valor de doação para sua campanha eleitoral. Desde que deixou o cargo de governador, ele tem viajado por toda Alagoas levando suas propostas para conseguir uma cadeira no Senado Federal.
Para estar próximo do seu eleitorado, Renan Filho recebeu mais de R$ 3 milhões em doações, sendo 89,17% da direção nacional do MDB. Entre os demais doadores estão Fernando Lopes de Farias, que doou R$ 350 mil para a campanha do ex-governador, e ele próprio, José Renan Vasconcelos Calheiros Filhos, que doou para si mesmo o valor de R$ 14.400.
Davi Davino (PP) declarou mais de R$ 3 milhões recebidos como doação para campanha eleitoral (R$ 3.036.600). Desse valor, 98,79% são oriundos de direção estadual/distrital do seu partido.
As demais doações variam nos valores de R$ 16 mil, doados por Thiago da Cruz Albernaz e R$ 5 mil em nome de Rosemary Miranda Davino.
O candidato do PSOL, Maria Agra, declarou ter recebido mais de R$ 190 mil para serem investidos em sua campanha para o Senado (R$ 191.472,93. Desse valor, 98,93% vieram da direção nacional do partido.
Mario Agra também recebeu uma doação de R$ 1.050 em nome de Nilton Lins Buarque e R$ 1 mil em nome de José Aldo Rebelo Figueiredo.
A Bombeiro Suzana Souza (PMB) e Coronel do Valle (PROS) não declararam nenhum valor de doações para a campanha.
Doações precisam obedecer regras da legislação
As regras para as doações de recursos para as campanhas eleitorais precisam cumprir uma série de regras estabelecidas pela legislação eleitoral.
No caso das doações em dinheiro, nenhum contribuinte pode doar valores que ultrapassem 10% de sua renda bruta anual no ano-calendário anterior ao da eleição.
Na campanha deste ano, portanto, valem os números de 2021.
Outras contribuições, como a disponibilização de bens móveis ou imóveis do doador à campanha, não podem ultrapassar o equivalente a R$ 40 mil.
Para um valor maior ou igual a R$ 1.064,10, a doação deve ser feita por transferência eletrônica para a conta do beneficiário ou por meio de cheque cruzado e nominal.
É obrigatório que os partidos e candidatos identifiquem na internet os nomes e os números dos CPFs de seus doadores, com os respectivos valores recebidos.
Todas as informações relativas ao financiamento das campanhas são públicas. Elas podem ser acessadas na página de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do TSE, onde é possível saber quanto recebeu cada candidato, quais foram seus maiores contribuintes, entre outras informações.
Multas podem ser aplicadas pela Justiça Eleitoral em casos com irregularidades.
Se ficar comprovado o uso do chamado “caixa 2”, candidaturas podem ser cassadas mesmo após o pleito eleitoral e mesmo que tenham sido eleitas. Os partidos também podem sofrer sanções, caso esse tipo de irregularidade seja cometida.
Mais lidas
-
1Copa do Brasil
CRB inicia venda de ingressos para partida em Maceió contra o Santos
-
2Povoado Lagoa dos Porcos
Chacina: cinco pessoas são encontradas mortas dentro de casa em Estrela de Alagoas
-
3Morte fetal tardia
Médicos explicam perda de bebê da apresentadora Tati Machado em final de gestação
-
4Vilã sem escrúpulos
Como Maria de Fátima separa Afonso de Solange em 'Vale Tudo'
-
5Maldade na veia
O que acontece com a grande vilã Sirin no final de 'Força de Mulher'?