Política

Joãozinho Pereira nega ter pedido voto a Lula em evento na cidade de Teotônio Vilela

Vídeo que dá a entender que ele pediu votos para petista circulou nas redes sociais

Por Thayanne Magalhães com Tribuna Independente 13/09/2022 06h46
Joãozinho Pereira nega ter pedido voto a Lula em evento na cidade de Teotônio Vilela
Joãozinho Pereira afirma que vídeo foi editado e que não pediu votos para Lula durante evento realizado na cidade de Teotônio Vilela - Foto: Reprodução

O superintendente da Codevasf em Alagoas, Joãozinho Pereira, nega que tenha feito campanha para o candidato a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante um comício realizado em Teotônio Vilela.

Um vídeo que circula das redes sociais mostra Joãozinho fazendo uma espécie de enquete, perguntando em quem os participantes do comício votam para presidente.

“Onde tem minha declaração de apoio ao Lula? Infelizmente este vídeo foi cortado, e fala ficou fora do contexto. O que faço é uma pergunta a plateia quem vota em Bolsonaro. Depois pergunto quem vota no Lula, mas nem eu falo, chamo um apoiador dele. Depois pergunto quem vota no Ciro e quem vota em Tebet”, afirmou o superintendente à Tribuna.

Joãozinho afirmou que já tem candidato a presidente.

“Sou aliado histórico dos Lira. Precisa falar mais algo?”, questionou o superintendente da Codevasf, que é irmão de Jó Pereira, candidata a vice-governadora na chapa de Rodrigo Cunha (União Brasil) ao Governo do Estado, e que não respondeu à reportagem até o fechamento desta edição.

ADVERSÁRIO

O candidato a vice-governador de Fernando Collor (PTB), vereador Leonardo Dias (PL) usou as redes sociais para divulgar o vídeo do momento em que Joãozinho Pereira realiza a “enquete” e sugere que Rodrigo Cunha (União Brasil) apoia Lula.

“Acabo de ver as cenas do Presidente [sic] da Codevasf, Joãozinho Pereira, abrir espaço em um comício do Rodrigo Cunha, para que peçam voto para o Lula! Quem tinha dúvidas de que lado Rodrigo está, eis a resposta. Espero que Jair Bolsonaro o demita imediatamente!”, escreveu Dias em uma rede social.

Vale ressaltar que Collor e Rodrigo Cunha disputam o eleitorado de Bolsonaro em Alagoas, apesar de que, o filho de Ceci Cunha nunca declarou apoio ao atual presidente.
O assassinato da deputada federal e três de seus familiares, ocorrido em dezembro de 1998, voltou à tona recentemente por conta de um registro histórico envolvendo o presidente Jair Bolsonaro, à época deputado federal.

Ceci tinha como suplente Talvane Albuquerque. Como ficou atrás de três candidatos naquela eleição, ele substituiria o primeiro que não pudesse exercer o mandato, o que o fez decidir por eliminar um deles. Escolheu Ceci, contratou um pistoleiro e produziu uma chacina em Maceió, matando seu alvo principal e familiares dela.

O caso mobilizou o Brasil à época, Talvane foi cassado e, então, após longos 12 anos, foi finalmente julgado e condenado pelos múltiplos homicídios, cumprindo 9 anos de prisão em regime fechado, do qual foi liberado no ano passado.

Em 1999, a Câmara analisou a cassação de Talvane para que perdesse o mandato e fosse julgado pela Justiça comum. Durante a sessão que o tirou do parlamento, por 425 votos a favor de cassá-lo contra 29 que optaram por mantê-lo no cargo. Apenas um deputado foi à tribuna da Casa defender Talvane: Jair Bolsonaro.

“Amanhã, qualquer um de nós pode estar no lugar dele. Estamos o condenando por um contato com um cidadão, com um elemento, que foi um marginal no passado. Agora, quem aqui nunca teve contato ou conversou com um marginal?”.