Política
Bolsonaro no Jornal Nacional: 'As promessas foram frustradas' pela pandemia, pela seca e pela guerra, diz candidato
Bolsonaro abriu a série de entrevistas do Jornal Nacional com os presidenciáveis. Ciro Gomes (PDT) participará na terça (23); Lula (PT) na quinta (25); e Simone Tebet (MDB) na sexta (26).
Em entrevista ao Jornal Nacional, nesta segunda-feira (22), o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) foi perguntado sobre ter xingado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre seu plano econômico prometido em 2018, que focaria em “inflação baixa, taxa de juros menor e dólar menor”.
"Primeiro, as promessas foram frustradas pela pandemia, por uma seca enorme que tivemos no ano passado e também pelo conflito da Ucrânia com a Rússia. Se você pegar os dados de hoje, você vê o Brasil como talvez o único país do mundo com uma deflação. Um país onde vai ter uma inflação menor que, por exemplo, a Inglaterra, menor que os Estados Unidos", disse.
Bolsonaro afirmou ainda que os números da economia são "fantásticos" quando comparados a outros países do mundo e, que se as dificuldades econômicas fossem exclusivas do país, poderia ser considerado responsável.
"Você vê também que a taxa de desemprego tem caído no Brasil. Os números da economia são fantásticos, levando-se em conta o resto do mundo. Se fosse apenas o Brasil com esse problema, eu seria o responsável", disse.
O atual presidente ainda ressaltou que seus planos na economia para um eventual novo mandato seriam exatamente os mesmos que o prometido em 2018. Ele destacou algumas das reformas econômicas realizadas no início do governo, chamando-as de "vacinas" para a economia.
"O que nós pretendemos fazer é continuar exatamente na política que vínhamos fazendo desde 2019. A grande ‘vacina’ a favor da economia em 2019 foram reformas, como, por exemplo, da previdência. Foi, por exemplo, a lei da liberdade econômica, foi a modernização das ‘NRs’, das normas regulamentadoras. Milhares de normas, nós deixamos de lado, nós revogamos", afirmou o candidato.
"Então, a grande reforma da economia, a grande ‘vacina’, foi feita em 2019, que fez com que nós pudéssemos suportar 2020. (...) Isso é sinal de que? Competência da equipe econômica."
Bolsonaro aparece em segundo lugar nas intenções de voto no primeiro turno com 32%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada em 18 de agosto. O levantamento aponta que em primeiro lugar está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 47%.
Bolsonaro abriu a série de entrevistas do Jornal Nacional com os presidenciáveis. Ciro Gomes (PDT) participará na terça (23); Lula (PT) na quinta (25); e Simone Tebet (MDB) na sexta (26).
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