Política
'Moradores estão sendo massacrados com o ilhamento social', diz Francisco Sales após novo protesto
Vereador voltou a reforçar a necessidade de uma ação mais enérgica do Poder Judiciário e dos Ministério Públicos
Alvo de quatro processos judiciais ingressados pela Braskem, o vereador Francisco Sales voltou a reforçar a necessidade de uma ação mais enérgica do Poder Judiciário e dos Ministério Públicos para que os moradores, que hoje convivem com o ilhamento social, possam ser ouvidos e retirados da situação.
Com o novo protesto, promovido pelo moradores dos Flexais de Baixo e de Cima, em Bebedouro, o vereador lembrou que a mineradora tem se utilizado de novos artifícios para se isentar da sua responsabilidade da tragédia, que atingiu mais de 55 mil pessoas nos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto.
“A Braskem quer pressionar a sociedade com processos judiciais, como os que vem movendo contra mim, e notas técnicas para tentar justificar o não reconhecimento das famílias, que estão no ilhamento social. Hoje estou impedido de promover manifestações nas ruas contra a Braskem, assim como algumas pessoas que lutam por uma indenização justa para todos. Mas isso não será uma barreira para me calar e calar a sociedade, que clama por Justiça”, disse Francisco Sales.
Para ele, é necessário que seja dado aos moradores das áreas isoladas a opção se eles querem permanecer em suas residências ou querem deixar os imóveis, sem que haja qualquer restrição. “Todos os moradores que foram afetados, sem restrição de qualquer área, seja ela reconhecida ou não, precisam ser indenizados, pois todos foram afetados por um dano material, dano de saúde e dano de social, provocado pela Braskem”, completou o parlamentar.
Francisco Sales afirmou ainda que o problema enfrentado pelos moradores dos Flexais de Baixo e de Cima é o reflexo de como a Braskem vem escolhendo a quem vai indenizar, quanto vai pagar e quando vai pagar. Na região dos Flexais, o sentimento de abandono tem sido grande, já que a comunidade não conta mais com nenhum posto de saúde, escola, mercadinhos ou qualquer tipo de comércio.
“Hoje os processos que estou respondendo, são os mesmo que muitos membros das associações de moradores também respondem como uma forma de colocar pressão e nos calar. Mas não vamos parar, pois essas pessoas não podem ficar isoladas, aguardando uma nota técnica da empresa para dizer se eles têm direito a indenização ou não. A empresa tem que ser forçada a reconhecer todas as localidades afetadas. Se eles vão para a Justiça contra nós, que a Justiça possa ir contra eles e resolver essa questão”, clamou Francisco Sales.
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