Política
Investigado por fraude eleitoral, Moro ataca Lula
Ministério Público Eleitoral pediu à PF que investigue Moro e a esposa, Rosângela, que mudaram o domicílio eleitoral, registrando como "residência" um hotel em São Paulo, ao se filiarem ao União Brasil

Investigado por fraude na alteração de endereço eleitoral para São Paulo, que pode deixá-lo fora de qualquer disputa nas próximas eleições, Sergio Moro (União) parece ter aprendido com o ex-chefe, Jair Bolsonaro (PL), uma velha estratégia para mudar o foco quando se sente acuado: culpar o PT.
Nesta segunda-feira (16), após ser comunicado do pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE), que solicitou à Polícia Federal (PF) a abertura da investigação contra ele e a esposa, Rosângela Wolff Moro, o ex-juiz foi às redes e atacou Lula (PT).
"Nada há de ilegal com meu novo domicílio eleitoral. É um direito de todo brasileiro mudar. Sem problemas, prestarei todas as informações necessárias. Agora, é estranho esse questionamento enquanto a candidatura de um condenado em 3 instâncias seja tratada com naturalidade", escreveu, mentindo sobre Lula, que foi condenado em duas instâncias antes do Supremo Tribunal Federal (STF) anular todo o processo pela condução parcial pelo próprio Moro.
Após breve passagem pelo Podemos, onde deixou dívida milionária, Moro e Rosângela mudaram o domicílio eleitoral, registrando como "residência" um hotel em São Paulo, ao se filiarem ao União Brasil.
A promessa de Moro ao partido é que sairia candidato a deputado federal, puxando votos para a sigla no Estado. No entanto, Moro ainda insistia na candidatura à Presidência até o União lançar oficialmente o nome de Luciano Bivar, ex-presidente do PSL.
Na ação, o promotor eleitoral diz que as explicações apresentadas por Moro e sua esposa “não convencem, impondo-se a necessidade de aprofundamento das investigações para melhor compreensão dos fatos”.
“Pelo menos nesta fase investigatória, quando ainda não foram ouvidas testemunhas e colhidos eventuais elementos comprobatórios complementares, não se pode aceitar o fraco argumento de Sergio Moro de que tem vínculo com a cidade de São Paulo porque recebeu honrarias – a da Grã-Cruz da Ordem do Ipiranga, é condecoração do Estado, e as demais de outras cidades paulistas, não de São Paulo/SP (Sorocaba, Rio Grande da Serra e Itaquaquecetuba)”, escreveu o promotor.
“Ou que foi contratado pela empresa Alvarez & Marsal — trata-se de empresa para qual prestou serviços por curto período nos Estados Unidos, que tem sede em Nova York, sendo irrelevante por óbvio que tenha um escritório na cidade de São Paulo”, acrescentou.
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