Política
BRK não pode interferir em Fernão Velho
Audiência entre moradores, empresa e MP/AL é favorável à associação que cuida do tratamento e distribuição da água no bairro

A BRK Ambiental não pode interferir na captação e distribuição de água no bairro Fernão Velho, na parte alta de Maceió. A decisão foi tomada durante audiência entre a comunidade do bairro, a empresa e o promotor Paulo Henrique Prado, da Promotoria de Justiça de Recursos Hídricos do Ministério Público do Estado (MP/AL), que aconteceu ontem (29). O imbróglio sobre esta situação foi divulgado pela Tribuna na edição do último final de semana.
De acordo com a assessoria de imprensa do órgão ministerial, ficou acordado entre os moradores e a BRK que se a empresa quiser realizar qualquer intervenção no bairro, precisa primeiro comunicar ao MP Estadual para que a ação possa ser discutida junto à comunidade. O intuito é chegar na melhor solução para o abastecimento de água no bairro.
O engenheiro civil Ewerton Matos participou da reunião. Ele conta que durante a audiência, a comunidade de Fernão Velho reforçou que não tem interesse em ser atendida pela BRK e nem pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
“Desde a fundação de Fernão Velho que a Fábrica Carmen realizava a distribuição da água, mas sem um tratamento adequado. Mas em 2013 a comunidade assumiu a distribuição da água, com uma comissão de moradores que fazem a parte administrativa, manutenção, cuidados com o sistema e nascentes. São dois sistemas existentes aqui no bairro de Fernão Velho: Sistema da Lapinha, onde há uma estação de tratamento, que era gerida pela fábrica e desde 2013 por uma comissão de moradores [atende a parte baixa do bairro], e o Sistema da Bela Vista [atende a parte alta do bairro] sempre foi gerida pelos moradores destas ruas ao entorno do açude da Bela vista”, explicou, em contato com a reportagem da Tribuna.
Uma nova audiência foi marcada para o próximo mês e, segundo o representante dos moradores, será apresentado um estudo para a melhoria na captação de água dos açudes.
“A BRK se mostra à disposição da comunidade de Fernão Velho para poder fazer o tratamento da água e todo manejo de distribuição. Porém, a voz da comunidade em geral é não querer a interferência por conta do que acontece em outros bairros. Ninguém aceita, porque a gente vê problemas acontecendo onde a empresa atua”, afirma.
Além disso, Ewerton conta que os moradores de Fernão Velho pagam uma taxa de R$ 25,00 pela água, o que aumentaria em torno de 6x caso a BRK assumisse a distribuição. A BRK informou que ainda não foi informada da decisão.
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