Política

Sucessão e Senado em pauta no palácio

Governador Renan Filho é cotado como candidato ao parlamento no próximo ano e nomes para o governo estão sendo ventilados

Por Tribuna Independente 26/06/2021 09h34
Sucessão e Senado em pauta no palácio
Reprodução - Foto: Assessoria

A um ano da eleição para governador, o nome do MDB para a sucessão de Renan Filho segue indefinido. Algumas figuras da legenda e do governo, vez e outra, são apontadas como possibilidade, mas, na avaliação da cientista Luciana Santana, é preciso saber se o atual chefe do Poder Executivo sai para o Senado ou não.

“É importante que o governador deixe claro se ele, realmente, vai sair antes e deixar o Governo para tentar o Senado ou não. Com outro governador assumindo, provavelmente o Marcelo Vitor [presidente da Assembleia Legislativa], pode ser que isso embole um pouco meio de campo dos projetos de sucessão do grupo dos Calheiros. Se ele vai se manter e tentar fazer o sucessor, fica uma situação muito mais fácil, no sentido de que ele estará ainda dentro da máquina e poderia, a partir disso, dar maior visibilidade ao nome que concorreria ao Governo com seu apoio”, pondera a cientista política.

Entre os nomes ventilados no noticiário político estão o do deputado federal Isnaldo Bulhões, o do presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley, e o do secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres. Os dois primeiros já filiados ao MDB.

“Você tem aí vários nomes sendo ventilados e, não necessariamente, eles têm uma densidade eleitoral que possa dizer que eles têm chance de se tornar governador”, comenta Luciana Santana.

Ainda segundo sua avaliação, a tendência é que Renan Filho saia do Governo do Estado para concorrer ao Senado.

“Eu tendo a acreditar que ele vai sair para tentar o Senado, até porque, hoje, ele é o nome mais bem avaliado numa eventual disputa ao Senado”, diz. “Agora, pensando ‘Grupo Calheiros’, eu avalio que falta ainda pensar, não apenas nomes em separado, mas em chapas que poderiam agregar, que poderiam dar maior visibilidade e, realmente, contribuir para agregar força eleitoral. Por isso, é importante o diálogo com outros atores que hoje não estão, necessariamente, na base, mas são independentes e que poderiam até fortalecer uma candidatura ao Governo de Alagoas”, completa Luciana Santana.

A reportagem procurou os nomes citados como possibilidade de encabeçar uma candidatura emedebista ao Palácio República dos Palmares. Por meio sua assessoria, apenas Hugo Wanderley respondeu.

“Ele nunca comentou a possibilidade de ser candidato. Durante alguns eventos, eleitores comentarem o bom trabalho pelo município de Cacimbinhas e comentaram que ele seria um ótimo governador. Em resposta, o prefeito falou que estava focado no município, em realizar todas as obras que prometeu em sua campanha e que no momento seu principal objetivo era esse”, afirma a assessoria de Hugo Wanderley.

O governador Renan Filho tem até o final de abril de 2022 vem para decidir se deixa o governo para ser candidato. Se optar deixar o cargo, seu sucessor, nos meses seguintes do ano que vem, será escolhido pela Assembleia Legislativa de Alagoas, através de uma eleição indireta. E, ao que tudo indica, o nome será Marcelo Victor (Solidariedade), bastante ligado ao presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP).

Luciano Barbosa, também do MDB, seria o candidato do natural à sucessão de Renan Filho e já assumiria a titularidade, mas ele se elegeu prefeito de Arapiraca, deixando o cargo de vice-governador em aberto.