Política

Paulão diz que o orçamento federal é um 'monstrengo'

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 23/04/2021 08h32
Paulão diz que o orçamento federal é um 'monstrengo'
Reprodução - Foto: Assessoria
O governo federal caminha para um veto parcial na proposta do Orçamento 2021 aprovada pelo Congresso e o corte deve atingir R$ 10,5 bilhões nas emendas de relator. Até o fechamento desta edição, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não contava com recursos orçamentários para gerir o país. De acordo com o deputado federal Paulão (PT), o orçamento aprovado pela Câmara Federal foi um monstrengo. O parlamentar ressalta que participou da Comissão Mista de Orçamento e a bancada do PT votou fechado contra o orçamento. “Esse orçamento criou um problema gravíssimo que, na minha visão, caracteriza improbidade administrativa. Ele eliminou R$ 26 bilhões de despesas obrigatórias, a exemplo, do seguro-desemprego, pagamento para os aposentados, o programa da agricultura familiar, entre outros. Isso é gravíssimo e nunca tinha ocorrido. Então, é um orçamento que o [presidente] Bolsonaro até o final do ano tem que decidir, vai criar um veto? Seria o correto, vetar, porque isso fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, fere toda a legislação contábil. De uma forma corre principalmente a importância e das despesas obrigatórias. Ou ele vai ficar refém do Centrão? Então, tem uma briga muito grande entre o Paulo Guedes, querendo manter o orçamento, achando que tem erros ou a troca do Centrão para no lugar do Guedes colocar o Rogério Marinho. Então tem uma briga intestina do próprio Governo”, argumenta. Além disso, Paulão acredita que existe excesso de recursos para a comunicação, na divulgação do governo, e existe também um orçamento muito alto para as Forças Armadas. “Para você ter ideia, é maior do que o orçamento da saúde em plena pandemia. Não tem sentido você manter projetos a exemplo de construção, de submarino nuclear. Construção de lança-foguetes ou compra de caças último tipo. Neste momento, você tem que manter, logicamente, toda a estrutura das Forças Armadas, como custeio, pagamento de pessoal? E o nível de ascensão, não pode ser diferente dos civis, não pode ter privilégio. Então, se o percentual que o servidor público vai receber para os civis, tem que ser aplicado também para os militares, não tem sentido ser diferente”.