Política

Fenaj e ANJ repudiam agressão contra jornalistas durante ato pró-Bolsonaro

03/05/2020 17h36
Fenaj e ANJ repudiam  agressão contra jornalistas durante ato pró-Bolsonaro
Reprodução - Foto: Assessoria
Instiuições manifestaram repúdio as agressões sofridas por um fotógrafo e um motorista do jornal Estado de S. Paulo na manifestação pró-Bolsonaro deste domingo (3/5). Os dois profissionais precisaram deixar o local rapidamente depois de serem agredidos fisicamente no ato que ocorreu na Esplanada dos Ministérios. Segundo a Folha de S. Paulo, outros repórteres e profissionais de imprensa também foram empurrados e ofendidos verbalmente. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se manifestaram por meio de nota e pediram para que o poder público tome as providências. "As entidades exigem ainda que as forças de segurança impeçam atos de violência contra os profissionais, principalmente nas manifestações públicas que vêm ocorrendo", afirmaram. As instituições ainda lembraram que mais do que agressões fisicas e verbais, o ato atenta contra a liberdade de imprensa. "Esse tipo de atitude tem um perigoso sentido político, pois ajuda a engrossar o perverso e criminoso coro contra a liberdade de imprensa -- que, por uma triste ironia, é lembrada exatamente neste 3 de maio, em todo o mundo." A associação Brasileira de Imprensa (ABI) também emitiu nota em que lembrou que as agressões ocorream no Dia Mundial da Imprensa. "Esses atos violentos são mais graves porque não há, e parte do presidente ou de autoridades do governo, qualquer condenação a eles. Pelo contrário, é o próprio presidente e seus ministros que incentivam as agressões contra a imprensa e seus profissionais", destacou. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também se manifestou e lembrou as agressões sofridas por enfermeiros, também por apoiadores do presidente. "Ontem enfermeiras ameaçadas. Hoje jornalistas agredidos. Amanhã qualquer um que se opõe à visão de mundo deles. Cabe às instituições democráticas impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror", escreveu. Mais cedo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso também defendeu a liberdade de imprensa. Nota completa Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) vêm a público repudiar o mais recente ataque a equipes de comunicação e à liberdade de imprensa, ocorrida neste domingo (3), na Esplanada dos Ministérios, quando manifestantes pró-Bolsonaro protestavam contra as instituições democráticas e a política de isolamento social. As entidades exigem ainda que as forças de segurança impeçam atos de violência contra os profissionais, principalmente nas manifestações públicas que vêm ocorrendo.   Após os ataques registrados durante o 1º de Maio, Dia de Luta dos Trabalhadores, pelo menos dois repórteres e dois fotógrafos foram covardemente violentados, neste domingo, por seguidores do presidente da República, cujas ofensas cotidianas à imprensa seguem mobilizando o ódio e os ataques a profissionais que atuam no segmento. Consta que integrantes de equipes de apoio também foram agredidos.       Os profissionais  que foram alvo da violência pertenciam aos veículos Folha de São Paulo, Poder 360, Estadão e Os Divergentes e os relatos dos quais o sindicato tomou conhecimento dão conta de que as agressões incluíram socos, empurrões e pontapés, em um ato de extremo desrespeito e violência contra a dignidade dos trabalhadores em questão. Mais que isso, conforme já foi reiterado tantas vezes pelo SJPDF, esse tipo de atitude tem um perigoso sentido político, pois ajuda a engrossar o perverso e criminoso coro contra a liberdade de imprensa -- que, por uma triste ironia, é lembrada exatamente neste 3 de maio, em todo o mundo.      Reforçamos que toda essa violência é incentivada pelo presidente Jair Bolsonaro, que, segundo levantamento publicado neste domingo  pela Fenaj, é o maior violador da liberdade de imprensa, com 179 agressões registradas somente nos quatro primeiros meses de 2020.     O Sindicato dos Jornalistas do DF, mais uma vez, repudia esse tipo de postura, que fere de morte as bases fundamentais do sistema democrático, e coloca sua assessoria jurídica à disposição de todos os profissionais agredidos para que sejam tomadas as providências cabíveis.   SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO DISTRITO FEDERAL FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS  Nota da ANJ A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) também emitiu uma nota de repúdio contra as agressões sofridas pelos jornalistas  durante as manifestação em frente ao Palácio do Planalto em favor do presidente Jair Bolsonaro. Na nota, a entidade afirma que  a agressão ataca frontalmente a liberdade de imprensa e contra o livre exercício da  atividade jornalística. A ANJ espera que as autoridades identifiquem os agressores e que eles sejam levados à justiça e punidos na forma da lei.