Política

Bebianno morre no Rio aos 56 anos

Ex-ministro de Bolsonaro comunicou ao filho que estava passando mal e se dirigiu ao banheiro para tomar um remédio

Por Diário de Pernambuco 14/03/2020 09h31
Bebianno morre no Rio aos 56 anos
Reprodução - Foto: Assessoria
Gustavo Bebianno, ex-ministro de Bolsonaro, depois desafeto, morreu esta manhã após um infarto fulminante, aos 56 anos, diz o Globo. Bebianno estava em seu sítio em Teresópolis junto com um caseiro e seu filho. Segundo o presidente estadual do PSDB, Paulo Marinho, por volta de 4h30 ele comunicou ao filho que estava passando mal e se dirigiu ao banheiro para tomar um remédio. Minutos depois, sofreu uma queda e teve ferimentos na cabeça. Bebianno foi levado para uma unidade hospital da cidade, mas não resistiu, conta o jornal. Gustavo Bebianno teve a sua saída do governo em fevereiro de 2019 e tornou-se pivô da primeira crise política, gerada pela suspeita de que o PSL, então partido dele e de Bolsonaro, fez uso de laranjas nas eleições de 2018 para desviar verbas públicas.

Ele foi uma das figuras mais próximas ao presidente durante a campanha e atuou como um dos conselheiros.

Ganhou a confiança de Bolsonaro a ponto de dirigir o partido durante a eleição e de acompanhar de perto a recuperação do então candidato após o episódio da facada.

Dizia que foi demitido “única e exclusivamente por implicância do Carlos e do Eduardo” e não pelas denúncias de irregularidade na distribuição de verbas. Foi chamado de mentiroso por Carlos e decidiu divulgar áudios de conversas suas com o ex-amigo e líder. Classificou Bolsonaro, em uma de suas últimas entrevistas, como alguém que se achava “um enviado divino, de Deus, com filhos maravilhosos que vai salvar o Brasil, e isso dá uma amostra de uma personalidade absolutista”. Num Roda Viva recente, afirmou que Carlos atrapalhou o esquema de segurança do dia em que Jair Bolsonaro levou uma facada durante um comício em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018. “A única viagem que o Carlos fez conosco foi essa de Juiz de Fora e ainda deu azar. Atrapalhou o esquema de segurança, o que resultou no não uso do colete [à prova de balas] e naquela tragédia da facada”, disse Bebianno em entrevista ao “Roda Viva”, falou.