Política

‘Professores perdem 40% dos salários em Limoeiro de Anadia’

Até abaixo-assinado com o apoio de 300 professores fez parte da mobilização sindical

Por Texto: Davi Salsa – Sucursal Arapiraca com Tribuna Independente 27/08/2019 10h51
‘Professores perdem 40% dos salários em Limoeiro de Anadia’
Reprodução - Foto: Assessoria
Mais de 300 professores e servidores da Educação, em Limoeiro de Anadia, estão na bronca com os vereadores, que não aprovaram, na semana passada, o projeto de lei que mudaria o atual modelo previdenciário privado para um regime próprio no município agrestino. O presidente do Núcleo Municipal do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação em Alagoas (Sinteal), professor Carlos Jorge, revelou que o projeto foi bastante discutido em audiências públicas desde o ano passado. “A transição do regime previdenciário manteria o salário integral para os aposentados e contava com o aval da categoria e do prefeito Marcelo Rodrigues”, salienta. Ele conta que até abaixo-assinado com o apoio de 300 professores fez parte da mobilização do sindicato em Limoeiro de Anadia. Carlos Jorge disse que o professor Milton Canuto também participou das audiências públicas, frisando ainda que o número de efetivos é muito maior em relação aos inativos e aposentados. Nesse período, o projeto passou seis meses tramitando nas comissões permanentes da Câmara de Vereadores de Limoeiro de Anadia. “Até agora, não entendemos porque dez dos 11 vereadores votaram, na semana passada, a favor da manutenção do atual regime, que desonera em 40% dos salários e sacrifica muito a vida dos professores”, desabafa o sindicalista. Segundo ele, com a criação do Regime de Previdência Própria (RPPS) foram adotados critérios para o servidor se aposentar com o valor do salário atual. Além dos problemas financeiros, o sindicalista diz que muitos professores da rede municipal estão adoecendo, mas preferem ficar no trabalho, com receio de dependerem no atual regime previdenciário e se aposentarem apenas com 60% dos salários. O Sinteal informou que seguirá monitorando a situação para que os trabalhadores não se prejudiquem.