Política

Eduardo Tavares: ‘A questão é política e aritmética’

Segundo o ex-procurador-geral de Justiça, aliança eleitoral com o PT só serviria de escada para a reeleição de Paulão

Por Carlos Amaral com Tribuna Hoje 27/07/2018 09h51
Eduardo Tavares: ‘A questão é política e aritmética’
Reprodução - Foto: Assessoria
O ex-procurador-geral de Justiça e ex-prefeito de Traipu, Eduardo Tavares, respondeu à reportagem da Tribuna, na noite desta quinta-feira (26), sobre sua rejeição à coligação do PRTB – seu partido – com o PT do deputado federal Paulão. Segundo ele, essa aliança eleitoral só serviria de escada para o petista. Eduardo Tavares concorre com Paulão por uma vaga na Câmara dos Deputados. “Há mais de quatro meses ficou acertado que o PRTB não coligaria com partidos que tivesse em seus quadros candidatos com mandato, nem os chamados fichas sujas. A questão vai além do Paulão. Nada temos contra à sua pessoa, mas o fato é que a densidade eleitoral dele é bem maior do que a de qualquer candidato do PRTB. Ou seja: nós terminaríamos servindo apenas de escada para um candidato que tem forte reduto eleitoral e aproximadamente 50 candidatos a deputado estadual apoiando. A questão é política e aritmética”, argumenta. Ele ressalta que o problema não é pessoal contra Paulão e sim de manutenção da tática eleitoral traçada pelo PRTB há alguns meses, além da necessidade de eleger alguém da legenda este ano. “Isso vale para o Paulão e para outros candidatos de outras siglas partidárias que tenham mandatos. O PRTB precisa eleger um nome da própria sigla, esse é o interesse maior”, completa Eduardo Tavares. Ele também comenta sobre o pedido a apoiadores para criticar a possibilidade de aliança eleitoral com o PT em texto publicado no blog do jornalista Ricardo Mota, como noticiou a Tribuna Independente na edição de 25 de julho. O ex-procurador-geral de Justiça compartilhou a seguinte mensagem pelo Whatsapp: “Gente é bom rebater e dizer que a entrada do Paulão no PRTB e [sic] negativa para os bons nomes que ali estão. Urgentemente, amigos”. Segundo ele, sua intenção era que seus apoiadores defendessem a posição original do PRTB. “A única coisa que eu pedi a alguns apoiadores foi para que se defenda a tese do prejuízo que a coligação com o PT e com alguns outros partidos  causaria às candidaturas do PRTB. Basta ver as pesquisas e observar que o candidato do PT está muito bem avaliado. Não tenho vocação para ser escada. Vamos aguardar as convenções”, explica.